A Vida
A Vida! Esta frase curta mas muito significativa esteve em palco nos últimos três dias no nosso Cine-Teatro Pax Julia na sala estúdio em forma de uma peça de teatro. Essa sala peca por ser pequena, fica a sensação que poderiam ter assistido mais pessoas, o facto é que nos três dias de espectáculo a sala esteve sempre cheia.
Para um leigo nessa matéria como eu é difícil de descrever o que acabei de ver. Começo por dizer que gostei muito! Não foi teatro no estilo habitual, entraram também em cena curtos filmes de entrevistas. Foi uma interligação entre os três (excelentes) actores e os contos da vida dos entrevistados. Apareceram em preto e branco ora na tela, ora nos corpos dos actores ou então numa das cadeiras a contar as suas histórias. Quinze pessoas de três localidades diferentes, entre eles Beja, falaram de tudo. Do que fazem, do que gostariam de fazer e ser, dos sonhos, da infância e finalmente da morte! A peça foi uma viagem interessante da vida, o que ela é, o nascimento, a infância, a actualidade, o trabalho e os sonhos, o futuro e por fim, o fim, a morte...
Gostei dos actores. Numa hora e meia falaram, gritaram, dançaram e riram sobre a vida. Responderam por vezes aos entrevistados, falaram também da sua própria vida. O elemento masculino era um actor de nome Rui Pena de 35 anos. Duas actrizes, a Isabel Fernandes e a Marta Carvalho de quase 26 anos como sublinharam várias vezes, completaram o elenco. Interpretaram de várias maneiras, ora tristes, ora alegres. Irritados, sensíveis e resignados, viu-se de tudo. A vida tem tudo isso!
Por fim, last but not least, falta falar do “motor” e criador desta peça. Já fez parte da Arte Pública e dá pelo nome José Barbieri. É uma pessoa simpática e muito criativa, como se viu nesta peça. Para saber mais sobre ele e os seus projectos cliquar aqui.