quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Natascha Kampusch, um ano depois


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Acabei de ver na RTP uma reportagem, ou entrevista, efectuada pela televisão austríaca a Natascha Kampusch. Christoph Feurstein, da ORF, é o único jornalista que tem autorização de entrevistar essa jovem de agora 19 anos. Recorda-se que ela escapou, faz amanhã 1 ano, de um cativeiro que durou mais que oito anos, e cuja história emocionou o mundo. Para relembrar, clicar aqui.

Nada melhor do que fazer um balanço desse ano que passou. Ela, o jornalista, a irmã e o seu terapeuta, efectuaram uma viagem até Barcelona, lugar onde foi filmado a maior parte dessa entrevista. Quase que não a reconhecia, aumentou de peso, está visivelmente mais madura, mas continua a ser algo ingénua. É natural! Falou de assuntos vários, como por exemplo que tem que refazer a escola toda, claro, num passo mais acelerado. Quiseram fazer chantagem com ela com uma foto com um alegado namorado, mas ela nem ligou. Diz que guarda ainda bastantes utensílios do tempo do cativeiro, coisas de que não se quer separar. Está a tirar a carta, e tem como desporto favorito o tiro ao alvo com arco e flecha.

Mostra-se algo magoada com os pais. A mãe escreveu um livro, onde diz algumas inverdades, e com o qual viaja pela Europa para o apresentar. O pai, alcoólico, ingénuo, que gosta de chamar os jornalistas sempre que ela o visita. Enfim! Não entendo é a imprensa alemã que não gostou da entrevista. Falam mal dela quase do início até ao fim. Mas eu gostei! Criticam a forma como ela fala, só que os vienenses falam mesmo assim, pausadamente e bem audível. Não sei onde é que está o mal. Também criticam o aparecimento da entrevista em si. Há tanta gente a aparecer na TV, então, ela não pode, porquê? E quem não quer ver, muda de canal, ou desliga o aparelho! Mas como disse, eu gostei, principalmente da imagem final, uma imagem de felicidade, um sorriso estampado na cara, uma imagem que a foto bem demostra....

2 Comments:

At 28 agosto, 2007 03:05, Anonymous Anónimo said...

Também vi a reportagem, mas não sabia da repercussão da mesma na Alemanha.

Concordo contigo. Até gostei da reportagem pelo seu lado mais íntimo e menos "informativo".

E talvez se justifique esta entrevista, não por ela se considerar uma estrela, mas para contrariar a tendência de muita gente que julga que ela é como a mãe, que se aproveita da imagem para recolher benefícios disso.

Enfim, muitos falam mal para não estarem calados...

No fim da reportagem questionei-me se alguma vez ela terá uma vida normal... E parece-me que não:/

Gosto do teu blog:)

 
At 28 agosto, 2007 10:24, Blogger Zig said...

cátia:
Realmente, só se ela emigrasse mudava de vida, ou melhor, a deixavam em paz. Ela na Áustria é, para utilizar uma expressão alemã, bekannt wie ein bunter Hund, conhecida como um cão colorido!

bjs.

 

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