PGR - Lá fora - Cá dentro
Gostaria de escrever muito mais sobre actualidades nacionais e internacionais do que tenho feito até agora. Mas os blogues são um passatempo e nada mais. Para mim o blog é um prolongamento do meu pensamento, e por vezes também do coração. Não se admirem se por vezes apareço aqui com uma dessas como o penúltimo post. Tem que ser de vez enquanto. Mas para escrever sobre notícias do dia faz falta alguma regularidade, e principalmente tempo e vontade. Uns minutos por dia “arranjam-se” sempre, agora a vontade, ou a disposição, já é outra coisa. Vamos então voltar às notícias do dia!
Ao contrário do que era esperado, a escolha do novo PGR (Procurador Geral de República) não foi nada polémica nem controversa. O escolhido é um conceituado Juiz Conselheiro de nome Fernando José Pinto Monteiro. Pouco tempo ainda passou desde do anúncio da escolha dessa personagem importante de Portugal, e até agora as vozes são favoráveis. O PSD até se congratula por os requisitos estarem todos preenchidos com este nome. Pessoalmente também acho que tinha que ser um juiz, o que não acontecia há 20 anos. O PGR cessante não deixa grandes saudades, veja-se o comportamento dele no caso Casa Pia e no ainda não resolvido caso Envelope 9! Não falo da actuação dele, só os que estão dentro desses casos o saberão, mas sim da aparência dele frente às câmaras, da maneira algo despreocupante e desvalorizante que falava desses casos. A tomada de posse está marcada dia 9 de Outubro.
Estranhos sinais vêm de fora. Na Tailândia está em curso uma tentativa de um golpe de estado militar. Esse país foi sempre considerado como estável, vive essencialmente do turismo e é um forte aliado do mundo ocidental. Aparentemente o golpe já acalmou, é que a acção só aconteceu na capital Banguecoque e com o PM daquele país em visita aos EUA. Os golpistas querem a suspensão do governo tailandês e o regresso da normalidade no país, já que o actual governo dividiu o povo como nunca. Mais preocupante para nós europeus é a situação na Hungria. Elementos da extrema direita invadiram o parlamento e destruíram-no parcialmente. É que é um país da Europa dos 25 e é considerado um dos melhores do antigo bloco leste. Tudo aconteceu porque alegadamente o PM de Hungria escondeu a grave situação económica ao povo. Curiosamente a extrema direita tem muitos seguidores no antigo bloco leste, muito mais do que no ocidente. É um caso para reflectir.
Novamente por cá, o nosso actual governo aparentemente aproveita a ausência de eleições próximas para implantar algumas medidas difíceis. Depois do controverso e algo repentino fecho de quase 1500 escolas em todo o país, o ministro da saúde prepara-se para aumentar exageradamente a participação monetária aos doentes nos hospitais, não só na taxa moderadora, mas também quer criar uma taxa sobre o internamento de um doente num hospital. Está todo o mundo contra, logicamente. Quem é que quer pagar mais de livre vontade? Ninguém. Mas esse é um problema de base. E essa base é a lei da segurança social. Obsoleta e desadequada num país como o nosso. O PSD tem a proposta certa, tal como já disse há dias, querem um sistema misto para a segurança social, ou seja, semi-privado. Não é um sistema ideal, mas vigora por exemplo na Alemanha. Melhor que o actual sistema é de certeza. Estou é desconfiado, e as últimas notícias dão-me razão, que o PS já não quer abrir mão à política “definida”, refugiando-se no programa eleitoral. Tretas, digo eu! A continuar assim, a segurança social estará morta daqui a uns anos, já coxeia e está quase parada nesta altura!
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