sábado, 31 de dezembro de 2005

Rally Lisboa-Dakar III

Pois, era para ir ver os “bólides” do rally, mas o único elemento feminino na minha cama, a almofada (lol), falou mais alto. Mas a RTP está a fazer uma transmissão directa muito boa, por isso, não estou arrependido. Vê-se muita gente a assistir, por vezes demasiadamente perto da pista, espero que isto não traga pontos negativos para Portugal, já que não está a cem porcento certa a continuação desta prova no nosso país. A organização deveria ter avisado na comunicação social que isto não pode acontecer, o público tem de se comportar bem, é que uma das razões que Portugal perdeu a participação no circuito mundial de TT foi precisamente o mau comportamento do público. Ouvi na rádio, que os parques de estacionamento nas zonas de espectáculo estão cheios, pelo menos livrei-me desta confusão.
Bem, estamos a entrar num novo ano, sempre os mesmos desejos, sempre a mesma esperança, vou passar a passagem do ano em casa de amigos, esta sim, e com a minha filhota. Tenham umas boas saídas e melhores entradas, e que o melhor de 2005 seja o pior de 2006 (gosto desta frase, porque pior já não pode acontecer!!!)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Rally Lisboa-Dakar II

Não vou falar hoje do rally propriamente dito, mas sim do assunto que mais gosto de criticar porque é criticavel, sobre a menina dos meus olhos, a publicidade (pensaram o quê, seus....) É que nas TV´s e não só, chovem agora publicidades alusivas ao rally Lisboa-Dakar, com o mesmo xico-espertismo de sempre. Ora, aí anda um jeep pelos campos fora, com uma velocidade louca, dizendo em letras pequeníssimas por baixo que é uma versão não sei quê. Pois, se fosse a versão “normal”, partia-se ao meio. Depois o Carlos Sousa faz marcha atrás por se ter esquecido do telemóvel, o cúmulo da estupidez. Ainda, claro, a limosine executiva com seis portas a andar no deserto. Com um exigente passageiro mais namorada, que ganharam no Euromiliões, o mesmo “Sousa” é aliciado de andar mais depressa. Mas então, afinal onde é que ele está? A procura do telemóvel ou a passear um excêntrico? Entendam-se por favor. Desde que não discutem as passas do fim do ano e em vez de desejar a vitória no campeonato do mundo de futebol, desejarem a vitória do Sousa, tudo bem.
Ainda uma pequena palavra sobre o rally, então. Para um comum mortal de Beja, como eu e outros milhares, o melhor sítio para observar o mesmo talvez seja a zona de espectáculo perto do Carregueiro, logo se vê.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Rally Lisboa-Dakar

Gosto de automobilismo, em especial a Formula 1 e os rally’s TT. Não vou, por isso, perder este grande acontecimento, que é o Lisboa-Dakar. No Sábado vou-me aventurar em visitar uma das chamadas “Zonas de espectáculo”, existem no primeiro dia quatro delas, no segundo outras tantas. Para procurar informações sobre o rally, nada melhor do que a net. Um bom site sobre estes sítios, onde o grande público pode assistir e ver melhor os “bólides” a passar, foi indicado pelo Nikonman no seu blog. Escrevo aqui de novo o site sobre o rally: http://ruiestrelado.com/RALLY_TT/Dakar/press1-DAKAR.htm.
Depois, pois, depois procurei nos sites onde deveria de haver mais informação. Ou seja, nos sites oficiais das câmaras municipais. O de Beja, mau como sempre. Aparece apenas um pequeno texto a dizer onde a caravana passa (e os cães ladram). Muito mau mesmo! Além disso, sabendo-se que a “especial” do rally começa na Vila da Galé, vai ser uma confusão dos diabos por essas bandas. Quem conhece esta zona, sabe de que estou a falar. Tanto os acessos por Santa Vitória e por Albernoa vão ser completamente insuficientes para suster a afluência do público. O site da Região de Turismo Planície Dourada também não dá nenhuma informação, remetendo o leitor para o site oficial, o http://www.dakar.com. Melhor o site de Almodôvar http://www.cm-almodovar.pt. Explicado bem o percurso e acessos, tem informação suficiente. Tenho, no entanto, algumas dúvidas sobre a capacidade de estacionamento nos locais indicados. Talvez seja melhor eu sair de Beja ás cinco de manhã! Bom, muito bom mesmo o site de Portimão http://www.cm-portimao.pt. O Algarve é outra coisa, começo a gostar mesmo cada vez mais da cidade de Portimão. Gastaram ca. de 750.000 euros para dar a melhor visibilidade ao evento. A caravana do rally vai passar a passagem do ano aí, ao som de Tony Carreira, perto do Hotel Tivoli-Arade na praia da rocha, com fogo de artifício vindo do rio Arade. Criaram parques de estacionamento para os visitantes, fazendo a ligação até ao local da festa em autocarros gratuitos. Isso sim, estão a dar um bom exemplo como se deve fazer! Acho que vou dar um saltinho até lá.

Músicas da minha vida

Vou começar aqui mais uma rubrica, entitulada: músicas da minha vida. É uma canção dos anos 70, claro. Apanho-me muitas vezes a cantar esta canção. Mais precisamente é de 1975, adoro! É dos Smokie e chama-se:
If you think you know how to love me....


A breathless drive on a down town street
a motor bike ride in the mid-day heat
the dust that hung from the desert skies
run though we'd run, it still burned our eyes
oh yes we may walk on the wild, wild side of life,
and our movements traced by a stranger close by your side
and in the shadows of a promise you can take my hand
and show me a way to understand

So if you think you know how to love me
and you think you know what I need
and if you really really want me to stay
you've got to lead the way
yes if you think you know how to love me
and you think you can stand by me
and if you really really want me to stay
you've got to lead the way

A reckless night in a nameless town
then we moved out of sight with a silent sound
a beach that wept with deserted waves
that's where we slept, knowing we'd be safe
now you may think you can walk on the wild wild side with me
but there's a lot I can learn, and a lot that I've yet to see
you know you've got my life lying in your hands,
it's up to you to make me understand

So if you think you know how to love me...

Tudo sobre este grupo fantástico em: http://www.smokie-online.de

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Tsunami

Depois desta quadra festiva, que ainda não acabou em muitos sítios, os telejornais nos vêm lembrar da tragédia ocorrido há um ano na Ásia. O mundo acordou com este acontecimento nunca visto. Não há números exactos, são mais de 230.000 vítimas mortais, ainda não se sabe o paradeiro de 40.000 pessoas e há meio milhão de desalojados. Ainda hoje não se entende muito bem o porquê de tantas vítimas. Podia-se ter feito isto ou aquilo, as perguntas sem respostas foram muitas. Penso que, pelo menos no campo da prevenção, já foi feito alguma coisa. As ajudas prometidas, como sempre nestas ocasiões, vão chegando a conta-gotas. Sempre pensei que a mentalidade nestas paragens não dava muito valor á vida, mas vendo o sofrimento daquela gente não é bem assim. Os governantes destes países, pelo contrário, não ligam muito ao povo deles, estão bem instalados nos palácios governamentais e em casas bem guardadas.
Agora pergunto eu: O quê é que são os nossos problemas financeiras, afectivas ou de saúde comparado com uma tragédia destas? Não há nada que se pode fazer contra a perda de um familiar ou uma série deles. O desaparecimento de uma pessoa amada é das piores coisas que pode acontecer. Mesmo assim, eles continuam a lutar, a sobreviver. Por isso, nós no nosso “cantinho à beira-mar plantado” até estamos muito bem, comparando com outros! Claro, o pensamento de “há sempre alguém que esta pior que nós” também não ajuda, mas temos de viver o dia-a-dia da melhor maneira possível , não entrando em exageros, não perder os nervos, contando com a ajuda dos amigos e ajudando a eles também!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Natal II

Obrigado pelas palavras nos comentários do post anterior. Mas na Alemanha diz-se: Jeder schaufelt sich sein eigenes Grab, não vou traduzir isso porque podia ser mal interpretado. Como posso eu estar bem se nem posso ver a própria filha durante o Natal? Resolveram passar esta época festiva fora de Beja.
Admiro pessoas que conseguem sempre mostrar um sorriso e dar alegria aos que os rodeiam. Como por exemplo, os Adiafa. Actuaram esta manhã na RTP1 na Praça da Alegria, já cantaram a menina do Sado tantas vezes, que já deveriam estar aborrecidos. Mas cantaram esta canção com uma alegria tal que contagia.
Pouco antes, ás 9.40 horas, tentei passar pela Loja Singer em Beja, portas fechadas. Abre ás 9.30, mentia um aviso. Queria comprar uma prenda para a minha filha, perderam um negócio, fui a outro lado. Admiro ainda os condutores de automóveis que num trânsito louco como se tem assistido nos últimos dias ainda conseguem deixar passar um peão numa passadeira com um sorriso nos lábios.
Aborrece-me a música de Natal. Se fosse só uma ou outra, muito bem. Mas onde quer que se vá, música destas. Já chateia. O cúmulo acontece frente á COOP. Com altifalantes grandes no meio do parque de estacionamento o transeunte é “atacado” constantemente com esta música.
Parece que já não vamos fazer a acção entitulada de “Sopa de Pobres”, pelo menos para já. Uma iniciativa destas requer mais tempo de preparação. Fica para mais tarde.
Na Terça-feira cantámos no Hospital Distrital de Beja no âmbito da festa de Natal para os doentes. É sempre diferente cantar aí. Cantámos mesmo antes dos Adiafa, que chegaram atrasados. Ontem fui ao Pax Julia assistir a um concerto dado pela Orquestra Ibérica de Jovens, um conjunto formado pelos conservatórios de música de Beja, Lagos e Huelva. Estavam ca. de 50 pessoas no palco e ca. de 70 na plateia, pois. Maioritariamente constituída por instrumentos de sopro, não é da minha preferência, gosto mais de instrumentos de corda, como em orquestras sinfónicas. Mas gostei na mesma. O pior veio depois. Um grupo mesmo ao meu lado fez desta sala uma taberna, não se calavam. Quando os jovens tocavam com mais força, mais alto falavam. Por isso saí pouco antes do fim, não tive paciência para presenciar tal falta de civismo.
Desejo um santo e feliz Natal a todos os leitores deste blog.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Natal

Depois de ter abordado tantos assuntos como o meu coro, a ajuda aos cães, a política e vida social portuguesa e a minha vida privada (falo dela cada vez menos, notaram?) chegou a vez, claro, do Natal. São mesmo as minhas melhores recordações que tenho da Alemanha e em especial, da minha já há muito tempo falecida mãe. Vivi e nasci no sul da Alemanha, mudámos muitas vezes de casa devido á profissão do meu pai que era camionista. Ele é da Baviera e levou os hábitos natalícios para todas as moradas que tivemos. Sempre com uma árvore de Natal enorme, um pinheiro verdadeiro, pois claro, a festa na noite da consoada era inesquecível. O perfume desta árvore enchia a casa toda. Coube sempre a mim e á minha mãe “carregar” a árvore com dezenas de bolas, lâmpadas eléctricas (cujos fios estavam sempre desesperadamente enrolados), chocolates (que só a metade sobreviveu até ao Natal), figuras e umas fitas chamadas lametta. São tiras finas de folha de alumínio que já se encontram por cá também. As prendas, ao contrário de cá, ficaram sempre escondidas, bem fechadas no quarto dos meus pais. A árvore tinha um pequeno sino, que nos acompanhou durante 20 anos, para nos chamar para recebermos as prendas. Eu e os meus três irmãos estávamos a espera nos quartos, mal se ouvia o sino, corríamos nem uns doidos até a sala. Uma vez “ameaçaram-me” de só receber uma régua, eu pensava que estavam a brincar, mas ao chegar a sala, aí estava ela, embrulhada com um laço, á minha espera. Claro como criança que era, comecei a chorar. Os meus irmãos a devorar as prendas deles e eu só com uma régua. Depois os meus pais mandaram-me olhar para a estante, estava cheia de prendas, que alegria! A meia-noite costumávamos ir a missa do galo. Foi sempre muito bonito, tenho grandes saudades deste tempo.
Cá também tentei fazer o mesmo tipo de Natal, para a minha filha ficar futuramente com boas recordações. Claro, agora já não posso fazer isso, este Natal nem sequer a vou ver. O Natal, este ano, vai ser completamente diferente para mim. Uns bons amigos convidaram-me para passar a véspera de Natal com eles, mas não quero ser um estraga-festas, o Natal é para passar em família e cada um tem a deles. Vou ficar sozinho, vou tentar fazer desta noite uma noite de trabalho como outra qualquer, é a vida....

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Luís Santos

Impressiona-me como o piloto aviador Luís Santos lida com a situação por que passou. De uma forma calma explica como passou os últimos 14 meses na prisão na Venezuela. Eu pessoalmente não seria capaz. Provavelmente já me tinha ido abaixo com uma injustiça destas. Só porque desconfiou da carga que levou no avião dele. Mandou descarregar esta carga e chamou as autoridades. Mas num país reconhecidamente corrupto destes podia-se prever o desfecho. Ficaram com o avião, condenaram uma outra pessoa, também portuguesa, a nove anos de prisão. Segundo Luís Santos, ela é inocente. Ele próprio só ficou ilibado da acusação porque houve pressão internacional, a qual ele naturalmente agradece. Apenas critica o governo português pela intervenção tardia.
Mas esta situação fez me lembrar de um outro assunto. Por cá, alguém que observa um crime de qualquer natureza, por exemplo, uma tentativa de roubo ou só um toque num automóvel estacionado, não comunica este facto ás autoridades. Não porque se está nas tintas e não quer saber, mas sim, porque isto implica muitos incómodos. Além de recear represálias por parte do infractor, também vai ser chamado n vezes para ir depor, demorando por vezes anos. Por isso, mais vale olhar para o lado assobiando do que se meter em sarilhos. O sistema judicial português é o que é, para mim é uma das principais razões de Portugal não ir para a frente!

Cantinho

Vou agora ajudar mais na Associação Cantinho dos Animais de Beja, já que o meu estado civil e moral (e outros acabados em al) o permitem. É que temos uma dívida para pagar de quase seis mil Euros, só em comida para cães, a chamada ração. O fornecedor da mesma tem sido bastante tolerante, tem nos dado muita liberdade na liquidação da factura. Mas a fábrica, que o fornece, também quer ver dinheiro, por isso “apertou” connosco. Vamos fazer e organizar alguns eventos como uma noite de fados, por exemplo, previsto para fins de Janeiro. Agora vendemos rifas para um cabaz de Natal. Vamos ter um programa semanal na Rádio Pax em Fevereiro. Temos de nos organizar melhor e não só agir cada um por si. Reunimo-nos agora uma vez por semana, para ver se isto vai para frente. O pior para mim, nas reuniões, como anti-tabaco que sou, é mesmo o fumo. Como sabem, são quase só mulheres, e uma mulher portuguesa que se preza, fuma, pois claro. Mas o quê é que não se faz para ajudar os bichinhos. Tenho que aturar estes cinzeiros ambulantes. Esta manhã, quando vendi algumas rifas, fui confrontado com um assunto que me é perguntado várias vezes. Dizem: Ajudas os cães, mas quem é que ajuda as pessoas? Pois, vamos dar agora uma chapada de luva branca na cara destas pessoas. Vamos tentar organizar uma espécie de “Sopa para Pobres” nas Portas de Mértola, e dar alguma roupa também. Mas isto não depende só da nossa boa vontade, temos de arranjar uma barraca, uma panela industrial, um fogão, pratos e talheres, ingredientes para a sopa, etc. etc. Devo dizer também, que sem a gente os cães não tinham ajuda nenhuma, a Câmara Municipal de Beja desliga-se por completo deste assunto, tirando uma anuidade que dá para ca. de três meses só. Os cães não sabem falar, não sabem pedir comida, não sabem trabalhar para ganhar o sustento, só sabem dar amor para quem gosta deles....
Quer quiser contribuir, pode ir aos nossos sites e ver como o pode fazer:
http://acab.info e http://www.cantinhoanimaisbeja.blogspot.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Serpa

Um dia após o estrondoso sucesso que foi o concerto de Natal no Pax Julia, fomos cantar a Vila Branca de Serpa, feita cidade. A convite da Sociedade Filarmónica de Serpa, participámos no aniversário desta associação. Situado na antiga Igreja de Misericórdia, modificada desde já há longos anos para albergar as várias funções desta sociedade, demos mais um concerto de oito peças. Depois de nós actuou o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa. O cante alentejano não é da minha preferência, mas gostei na mesma. Pena é que as pessoas pensam que estão numa tasca, não se calavam. Voltando ainda ao concerto de Natal. Foi considerado mesmo um dos melhores, se não, o melhor concerto de Natal que alguma vez demos, por pessoas entendidas na matéria. Agora só falta uma pequena participação nossa na festa de Natal no Hospital de Beja, mas ainda não está confirmada.

domingo, 18 de dezembro de 2005

Concerto II

Sim, eu sei, não se deve fazer críticas em causa própria, pelo menos quando é uma boa crítica. Eigenlob stinkt, diz-se na Alemanha, o que quer dizer, auto-elogio cheira mal. Mas uma vez não são vezes, como costumo de dizer.
O concerto foi, em meu ver, absolutamente divino. Muito bom! A plateia estava praticamente cheia, os espectadores gostaram muito, aplaudiram entusiasticamente, principalmente os solistas. Não os conhecia, o Tenor tinha uma voz fenomenal, muito alegre, a Soprano também não ficou muito atrás. Valeu a pena, semanas de ensaios, muitas dores de cabeça, muito tempo investido. O nosso agradecimento são os aplausos, tivemos imensos, repetimos duas vezes, e o mais importante foi que ninguém saio da sala até ao fim. Há uma peça que cantámos, aliás, cantam todos menos os dois naipes masculinos, que me faz “pele de galinha”. É o “O Holy Night”. Estava nas nuvens. Só é pena que só acontece uma vez por ano, pelo menos nesta dimensão, com orquestra e solistas. Já estou com saudades desta noite memorável. Claro que nos enganámos umas vezes, o “Santa Claus is coming to town” não saio perfeito, mas estas pequeníssimas manchas não sujam a toalha. Já não encontro adjectivos para descrever este acontecimento. Um muito obrigado meu aos espectadores por terem vindo em tão grande número e por terem gostado tanto.
Após o concerto ainda fomos jantar, com alguns elementos da orquestra, ao “Despertar”. Um restaurante simples, mas bom. Servem bem e a bons preços. Foram ca. de 50 pessoas e ninguém a fumar! O dono do restaurante nunca tinha visto coisa igual.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Retirem-se!

Mas o quê é isto? Parece que a candidatura de Mário Soares perdeu a cabeça. A frente de todos, Jorge Coelho, apelou aos outros candidatos da esquerda a reflectir e a desistir em favor de Mário Soares. Sinceramente, há cada uma! Pessoalmente, sou apoiante de Cavaco Silva, mas sinto simpatias por Manuel Alegre. Parece-me o único candidato da esquerda credível. Não é só por ser poeta, mas nada um pouco contra a maré, também sou assim, nunca vou com o vento. Agora então, como ele aparece sistematicamente a frente de Mário Soares nas sondagens, vale tudo. Mas Jorge Coelho já “reflectiu”, e retirou as afirmações. Mas o mal está feito, penso que Manuel Alegre ganhou com isso. Jorge Coelho é que parece que não vive nesta terra, já tinha feito outras afirmações que prejudicaram o PS, como: Quem se mete com o PS, leva!
Um candidato a um cargo como Presidente da República tem de ser sereno e calmo, tem de ser um líder. Não se pode perder em afirmações contraditórias como Mário Soares, que um dia já não fala dos outros candidatos, no outro dia já fala. Cavaco Silva mostra como se faz. É uma pessoa que sabe o que diz, e sabe quando o deve dizer. Não perde tempo em acusar este ou aquele, preocupa-se é com o país. Vai ser, certamente, o próximo Presidente da República.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Imagens

Por sugestão do Nikonman, aqui publico um texto retirado do blog dele para apoiar um concurso entre blogs.

A Praça continua a apoiar o blog Imagens, agora que se disputam as meias finais do BlogCup, e onde a Fotografia está, até ao momento, a ser relegada para um plano muito inferior. Curiosamente, a expressão de votos no blog concorrente é de tal forma superior, apesar de ter menos visitas diárias que o Imagens, que muitos se interrogam sobre a fonte de tantos votos. Vamos (e queremos) acreditar que os votos não são efectuados com os IP's escondidos e que, de facto, o blog concorrente se transformou, inopinadamente, num invulgar caso de popularidade e sucesso na blogosfera.Assim, quem quiser dar o seu apoio, basta clicar aqui e votar (em 2 passos) no Imagens. Eles agradecem (e nós também).
Blogs apoiantes do Imagens:
Blogotinha
Cubembom
Praça da República
Blog do Zig
Aliciante
Pensar Alentejo
Erotismo na Cidade
Piel Desnuda
Vu Jà Dé
Catedral
Corpos e Almas
Plagiadíssimo
Nitrato de Prata
Treca
Louco de Lisboa
Feijoada Light
Laços

Votem, não custa nada!

Concerto

E pronto, acabámos de ter o ultimo ensaio antes do grande acontecimento da ano, pelo menos para o nosso coro, o concerto no Pax Julia no Sábado. Melhor, foi o penúltimo, porque Sábado á tarde ainda vamos ensaiar de novo, mas já com a orquestra. Estou muito ansioso. Já participei em concertos semelhantes, mas este é especial, porque é no Pax Julia. Claro que os saudosos gostariam de continuar na igreja da Sé, mas vivemos tempos modernos, temos uma sala grande para aproveitar. Na Sé, só podiamos cantar peças religiosas, no Cine-Teatro podemos alargar o leque. Por isso, o nosso maestro decidiu que este ano vamos englobar peças de ópera. Não uma ópera inteira, mas partes dela. Como já tinha dito anteriormente, os que calham ao coro, são todos de Verdi. Os restantes são tocados só pela orquestra ou com os solistas. Não se esqueçam, os bilhetes são grátis mas têm de ser tirados na mesma na bilheteria. Aqui, então, o programa da noite:

Concerto de Encerramento da XXI Semana de Música para o Natal
Teatro Municipal Pax Julia
Sábado, 17 de Setembro de 2005 21.30h

1ª parte
Temas de Ópera

1- Intermezzo (de "Cavalleria Rusticana") P.Mascagni
2- Va pensiero (de "Nabucco") G.Verdi *
3- La Donna è Mobile (de "Il Rigoletto") G.Verdi
4- Quando me’n vo’ (de "La Bohème") G.Puccini
5- Coro dos Ciganos (de "O Trovador") G.Verdi *
6- E luceven le stelle (de "Tosca") G.Puccini
7- O mio babbino caro (de "Gianni Schicchi") G.Puccini
8- Brindisi (de "La Traviata") G.Verdi *

Intervalo

2ª parte
Músicas para o Natal

1- We wish you a merry Christmas - trad. inglesa *
2- The Christmas Song - Robert Wells *
3- White Christmas - Irving Berlin
4- Have yourself a merry little Christmas - Ralph Blane
5- Santa Claus is coming to town - Fred Coot *
6- O Holy Night - trad. inglesa *
7- Halleluja - Haendel *

* Com participação do coro

Participantes:
Sónia Alcobaça - soprano
Pedro Chaves - tenor
Coro de Câmara de Beja
Orquestra de Câmara Lusitânia
Pedro Vasconcelos - direcção

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Frases III

Há muito tempo que não preenchia esta “rubrica”, mas hoje só de uma canção que acho fabulosa. É dos The Seekers e chama-se I’ll never find another you e é de 1965. Pois é, já não se fazem canções como esta, não acham?

There's a new world somewhere
They call The Promised Land
And I'll be there some day
If you will hold my hand
I still need you there beside me
No matter what I do
For I know I'll never find another you
There is always someone
For each of us they say
And you'll be my someone
For ever and a day
I could search the whole world over
Until my life is through
But I know I'll never find another you
It's a long, long journey
So stay by my side
When I walk through the storm
You'll be my guide
If they gave me a fortune
My treasure would be small
I could lose it all tomorrow
And never mind at all
But if I should lose your love, dear
I don't know what I'll do
For I know I'll never find another you

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

A todo o vapor

parece ser o lema do governo da esquerda actualmente! Há ca. de 15 dias anunciaram a construção do novo aeroporto na Ota, criando não sei quantos mil novos empregos. A localização é mais do que duvidosa, a sua necessidade também. Agora vem o TGV. AGORA é que o anunciam. Vai criar 100.000 postos de trabalho, nem em sonhos! Ainda por cima este investimento, que nem se sabe ao certo de quanto, é financiado em três quartos do estado, ou seja, de todos nós. A necessidade do TGV, mais uma vez, é duvidosa. Esta manhã foi anunciado que vão ser construídos novos hospitais em Lisboa, encerrando três dos antigos e um pouco obsoletos hospitais. Será que os portugueses são estúpidos? Claro que não, mas para alguns políticos parece que são. É que há eleições! Em Janeiro, lembram-se? Depois destas eleições por muito tempo os portugueses não vão ser chamados ás urnas, tirando talvez um ou outro referendo que já deve estar na cartola. Porquê é que será que estes projectos megalómanos sempre aparecem nestas alturas? Acho que é tempo de acordar!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Agressão

Agressões, seja de que tipo forem, são sempre reprováveis. Sejam verbais ou físicas. Quando ouvi que Mário Soares sofreu uma destas agressões, não gostei. Mas como estamos em pre-campanha eleitoral, parece que tudo vale. Já disseram, que em tempos, quando Soares só tinha oito porcento nas sondagens, aconteceram os distúrbios na Marinha Grande. Depois ele ganhou as eleições. Ou seja, sempre quando um candidato é agredido, ganha. Veja-se o caso de Rui Rio. Estranha forma de fazer política. Mas no caso de ontem, veja-se que não foi um “atrasado mental”, como designou o candidato o agressor. Foi uma pessoa que já deu muito ao país. Está revoltado, e com razão. Queira-se ou não, a descolonização foi mal feita, e ficaram danos irreparáveis, também psicológicas. Conheço muita gente que nem pode ouvir falar em Mário Soares ou em Almeida Santos. Curiosamente só se fala dos dez anos de governação chefiada por Cavaco Silva, então o tempo antes não conta? Posso não entender muita coisa sobre o tempo logo depois do 25 de Abril, mas que ainda hoje há feridas abertas, isso há.
Indiscutivelmente reprovável foi o caso do polícia morto no Algarve. Nas esquadras falta um pouco de tudo. Armas adequadas, material de telecomunicação moderno, carros de jeito e principalmente motivação. A moral dos polícias não era famosa, agora muito menos. Ainda por cima este “gang” é chefiado por um tipo que foi libertado faz poucas semanas. Não sei qual foi a razão da libertação, mas dá que pensar. Eu cá sabia o que fazer com tipos destes, mas vivemos num estado de direito, não é? Onde o agressor tem mais direitos que o agredido, não é? Assim não vamos longe, não senhor!

domingo, 11 de dezembro de 2005

XXI Semana de Música para o Natal II

começou este Sábado com a cantora Cristina Branco. Digo cantora porque além do Fado também interpreta outro tipo de canções. Lamentavelmente assistiu ao espectáculo pouca gente, mas os que estavam, gostaram, incluindo eu. Normalmente não é o género de música que consumo, mas estou sempre aberto a outros estilos. Assim aconteceu esta noite. No palco estiveram, além da cantora, quatro músicos. Viola e viola baixo, piano e guitarra portuguesa. Este último um verdadeiro virtuoso, vibrando com o som do seu instrumento. Foi talvez o mais aplaudido da noite. Gostei mais das peças onde Cristina Branco foi apenas acompanhada pelo piano, vindo ao cimo a voz cristalina dela, quase parecendo a Teresa Salgado, principalmente no fim quando cantou á capela e sem microfone. Quem me observa na plateia, parece que estou a dormir. Mas não, para ouvir os olhos não fazem falta, assim concentro-me apenas no som.
Terça-feira a semana de música segue com um “Jantar Árabe”. Realiza-se na Pousada se São Francisco em Beja, pelas 20.30h. A comida tem, claro, um “toque” árabe, acompanhado por música e dança desta região do globo.
A semana finaliza com o nosso concerto. Mais para o fim desta semana vou falar melhor sobre este evento. Lembro só que é necessário tirar bilhete para essa noite, embora o ingresso seja grátis.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Coro

Foi uma semana louca, começou com um fim-de-semana belíssimo em Portimão, ensaiámos três vezes esta semana, Segunda, Terça e Quinta-feira sempre até as tantas, é que temos no dia 17 o nosso principal concerto pela frente. Ainda as Sextas-feiras estou a aprender órgão, ou melhor, piano, que acho mais engraçado. Finalmente tenho algum tempo para respirar.
Aqui vocês me ouvem falar muitas vezes do meu coro. Mas alguns talvez não saibam o que estamos a fazer num coro. Cantar, claro, mas com regras e disciplina. Este coro já existe há 24 anos e pode ser considerado um coro de música clássica. Isto não quer dizer que se trate de música aborrecida, longe disso. Pode ser até bastante alegre, temos peças de vários estilos. A maioria são espirituais negros, muito movimentados, e peças religiosas. O coro é constituído por quatro naipes, ou seja, por quatro grupos. Os homens dividem-se em tenores, que é a voz mais aguda, e nos baixos, a voz mais grave, no qual eu me englobo. As senhoras, por sua vez, dividem-se em sopranos na voz aguda e nos contraltos. Agora estes quatro grupos têm de cantar juntos e afinados. Não é fácil, cada indivíduo tem a sua voz e maneira de cantar, mas este trabalho cabe ao chamado maestro. No nosso caso é o Dr. Pedro Vasconcelos, uma pessoa com uma personalidade forte, que é necessária para manter a disciplina e para nos ensinar cantar afinadinhos. Como é que ele já nos atura por 24 anos, não me perguntem. Pessoalmente só faço parte deste coro há quase quatro anos, devia é ter entrado nele há muito mais tempo. Adoro. Cantar liberta a alma, faz-me sentir bem. Cantar é rezar duas vezes, como alguém disse. E a recompensa são as palmas do público. Espero que venha muita gente, no dia 17, no Pax Julia. Conto convosco.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Coração

Tenho falado e pensado ultimamente, necessariamente, logicamente e quase obrigatoriamente, muito sobre corações, afectividade e amor. Hoje quero-vos falar do coração de uma certa pessoa. Sabem de quem? Frio, muito frio. É uma pessoa muito chegado a mim, muito especial para mim, neste momento a pessoa mais importante na minha vida. Já sabem? Não, não é essa! Mas já está mais quente. Já a conheço há muito tempo, há treze anos, toda a vida dela. Falo da minha filha, claro. Tem um coração do tamanho do mundo. A minha separação da mãe dela não tem sido fácil para a minha filha, claro, agora com o divórcio declarado oficialmente ainda menos. Tentou ligar-me ontem, eu não pude atender, queria um abraço e um beijinho meu. Tocou-me muito. Esta manhã, ao levá-la á escola, contou-me que uma amiga dela, que está a passar por uma situação semelhante, não andava nada bem e precisava de ser ajudada. Ou seja, a minha filha não anda bem mas ajuda alguém que passa pela mesma situação. Isto realmente é um acto de quem tem um coração puro e enorme! Gosto muito de ti, Ana Catarina!

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Portimão III

Peço desculpa em nome pessoal e do Coro de Câmara de Beja pelo mal entendido que houve no meu post Portimão II. A crítica que fiz não tem absolutamente nada a ver com o encontro de coros que se realizou naquela cidade no passado fim-de-semana. Tudo correu lindamente, na perfeição. Foi maravilhoso. Não podia ter sido melhor! Foi mesmo o melhor fim-de-semana que passei desde há muito tempo. Vai ficar para sempre na nossa memória! É mesmo a minha única distracção, cantar. Nada melhor do que neste âmbito, para me divertir. Como a maior parte dos leitores deste blog sabe, estou a passar por uma fase crítica da minha vida, por vezes não ando nada bem. E foi apenas isso, um pequeno percalço. Não tinha nada a ver com o encontro de coros, repito. Fomos tratados como reis, como já disse. Mais uma vez, desculpa. Sinto-me um pouco mal com isso, porque não era a minha intenção de criar desconfiança. Como sabem, sou alemão, e por vezes digo e escrevo coisas que não devia. Não sei medir bem, por vezes, o alcance das minhas palavras. E depois firo pessoas que não merecem de ser maltratadas. A vossa cidade é maravilhosa, vocês são do melhor que há. Até um dia...

Roda viva

É sempre assim antes do Natal. Não são as compras do Natal, disso me livrei agora para sempre. É uma roda viva no meu coro. Ensaiamos agora três vezes por semana, hoje então começámos logo ás 19.15 para “embelezar” a apresentação do novo comandante da Base Aérea ás entidades de Beja. Estava previsto para uma data anterior, mas adiaram porque o nosso coro não podia dar o seu contributo. Mais uma vez realço que sem a boa vontade da Força Aérea Portuguesa não tínhamos sala de ensaio. Hoje, á hora do almoço, até tinha uma consulta marcada no dentista, mas para não ficar afectado pela “dor” desisti e levei só a minha filhota. É que estamos a ensaiar peças de ópera. Do Verdi. São algo generalistas e conhecidas, mas bastante rápidas e difíceis de cantar num coro. Agora já sei porque na Itália existem tantas marcas de automóveis desportivos, começou pelas óperas aceleradas do Verdi! Embora de curta duração para nós, os solistas vão ter a maior parte do trabalho. Também são pagos por isso. Estou a falar do nosso concerto de Natal, dia 17, no Pax Julia, que vai ter duas partes. Uma dedicada á ópera e outra ao Natal. Com orquestra. Vai ser giro.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Portimão II

Estou de ressaca! Não é disso, raramente bebo. Estou de ressaca do belo fim-de-semana que passámos em Portimão. Não podia ter sido melhor, tirando um outro pequeno assunto, mas pronto. No concerto principal na Igreja Matriz de Portimão participaram seis coros. O coro local, chamado Grupo Coral Adágio http://coraladagio.no.sapo.pt, abriu os cânticos, seguiu-se o Coro de Câmara do Coral Adágio, um grupo saído do grupo coral ao estilo do “nosso” Pax Ensamble, depois foi o nosso http://corocamara.home.sapo.pt só com três peças ao contrário de ontem, onde cantámos doze, a seguir foi o Coro da Casa do Povo de Mirando do Corvo, o Coral Ideias do Levante http://ideiasdolevante.net com o maestro Francisco Brazão, que estudou em Beja, cantou mais três peças e para finalizar o engraçado Coro Infantil do Conservatório de Música Joly Braga Santos de Portimão. A Igreja estava cheia, não é muito grande mas de razoável dimensão, talvez um pouco maior que a nossa Sé, os aplausos eram uma constante. Uma palavra especial para o maestro deste coro de Portimão. É um homem excepcional. É uma pessoa de mil profissões. Em alemão dá-se o nome de Tausendsassa. Dirige os três! coros, é professor e ainda estuda! Não sei se é do clima algarvio, mas a vida de lá é outra coisa, proporciona outro estilo de vida. Vê-se muita gente a fazer desporto ao ar livre, há muitos caminhos para passear. E pronto, cá estamos, a vida continua...

domingo, 4 de dezembro de 2005

Portimão I

Neste momento encontro-me num hotel de quatro estrelas. Ganhei no Euromiliões? Isso queria eu, mas não. O nosso coro foi convidado pelo coro Adagio de Portimão para cantar nesta cidade este fim-de semana. Está a ser absolutamente espectacular! Tratam-nos como reis! Podera, numa unidade hoteleira destas. Cada um no seu quarto individual. Estamos no hotel Tivoli Arade junto á Marina de Portimão na Praia da Rocha. Ontem cantámos na Igreja de Alvor, pouca gente, mas gostaram muito e nós ainda mais. Hoje vamos cantar na Igreja de Portimão com mais quatro coros. Amanhã há mais notícias.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Sida

Não houve ontem um dia de não sei o quê da Sida? Foi muito falado na TV, mas mais nada. Ainda há poucos anos Portugal podia-se orgulhar em ocupar um lugar muito em baixo ao que se refere aos casos de sida. Hoje é diferente, na Europa dos 25 só a Estónia está a cima de nós. Mas que raio, o quê é que se passou? Mais uma vez aquela famosa letargia e o “deixa estar, isto está bom” português? Talvez, mas não só. A educação devia de começar logo na escola, falo da educação sexual, claro. A minha filhota anda no oitavo ano, e não tem nada disso. Esta é a idade onde se devia de começar. Fala-se nisso há anos, mas até agora só iniciativas esporádicas apoiadas por professores corajosos, muitas vezes mal compreendidas. Isto não pode continuar assim. Lembro-me perfeitamente do meu oitavo ano, na Alemanha. Tivemos educação sexual, sim senhor. Não foi como disciplina, mas como actividade, mas todos, sem excepção, visitaram estas aulas. Claro, nesta altura não se falava da sida, por isso hoje em dia esta educação fazia mais falta que nunca! Encontrei um bom site que fala muito bem explicadinho disso: http://www.mulherportuguesa.com/content/view/1300/57

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Shakespeare

Pensam vocês, o quê é que faz um alemão numa peça de teatro destas, onde é falada a língua de Camões num ritmo feito metralhadora, já que “tratam” as 37 obras de Shakespeare em 97 minutos? Pensaram mal. É uma comédia. Claro que sabiam. Certamente já viram reportagens sobre estes malucos. Ou então, já tiveram a oportunidade de os ver ao vivo. Porque foi o espectáculo nº 914. Sim, leram bem. Quase 10 anos em cena. Mas que espectáculo! Não vejo uma peça de teatro desde o celebre “Nathan, der Weise”, na minha juventude. Mas este é diferente. Penso que nunca ri tanto na minha vida. Foi chaladice desde do princípio ao fim. A casa estava cheia, um ambiente espectacular. Foram só três actores, mas conseguiram “incendiar” a sala como nunca. Mas não se pode estar sentado nas primeiras filas com tipos destes, pagaram a factura, no bom sentido, claro. E talvez o mais importante, para mim, não foram utilizados palavras malcriadas em demasia, poucas só, as necessárias. Foi uma noite memorável, que aconselhava a todos. Já me esquecia. Foi no Pax Julia, claro. A peça chamava se: As obras de William Shakespeare em 97 minutos. Tomem o gosto no website deles: http://www.companhiateatraldochiado.pt/