Filme
Para quem ainda não viu ou quer rever, o vídeo que foi feito no ano passado sobre o nosso canil ainda está na net. Embora já tenhamos mudado parcialmente de casa e as condições já estarem melhores, as necessidades continuam as mesmas. Os cães comem todos os dias, o espaço tem de ser limpo diariamente. Continuamos a necessitar de mais voluntários para as várias tarefas na associação. Continuamos a ter que angariar fundos para as despesas do canil, vou alistar apenas as maiores: Alimentação dos animais, custos com os veterinários e ordenado no nosso funcionário.
Para ver o filme, cliquar aqui.
2 Comments:
Caro Zig
Sou uma assídua leitora anónima dos seus blogs, sempre escritos de uma forma descontraída mas quase sempre com uma mensagem. Até hoje nunca me manifestei mas, talvez porque a musa hoje me tenha inspirado, ou porque na 6ª feira passada tenha tido a 1ª reunião escolar do meu filho (vai pela 1ª vez para a escola) da qual saí um pouco apreensiva. Não com a idade da escola, ou com os parcos meios que tem (está apetrechada devido à carolice de alguns beneméritos). O que deixa incomodada é que, alegadamente para melhorarem o insucesso escolar se façam horários considerados pela legislação como “normais” ou seja de manhã e de tarde. O grande problema é que o legislador não criou as condições para as referidas crianças comerem na respectiva escola, ou seja eu terei de abandonar o meu posto de trabalho, a 100 metros de distância, para ir dar o almoço ao meu filho. Felizmente ainda posso pagar a alguém que o faça, mas há quem não possa. Para além disso as referidas actividades extracurriculares duram até às 18h10m. Sinceramente. Penso que estudar e trabalhar nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário, é assim que se cria alguma elasticidade mental. No entanto não é na 1ª classe (desculpem-me isso era no meu tempo, há 36 anos, quando eu frequentei o ensino básico), agora diz-se 1º ano, que se deve apresentar semelhante carga horária às crianças.
Voltando ao assunto que me fez escrever: O abandono e adopção dos animais.
Estava eu mais ou menos recomposta e conformada com este pequeno assunto pessoal quando, ao voltar a Beja ontem, no comboio Intercidades (o tal que querem eliminar!!!!!!!) li de uma assentada o livro “Marley e eu”, e que recomendo vivamente (preparem-se para rir e chorar). E perante isto tudo tenho que dizer. Zig você é um lírico. Como quer que haja cidadania para não abandonar animais se a maioria das escolas primárias não tem sequer cantina para as crianças almoçarem.
Um abraço e continue assim
Ana Cristina
anónimo - Ana Cristina:
Obrigado por ser uma leitora assídua do meu blog e pelo longo comentário. Gosto de escrever aqui o que me vem na alma (carente), gosto de transmitir uma mensagem sobre cada ponto que abordo, porque criticar é fácil, tentar resolver as coisas é muito mais difícil.
Tenho uma filha, como certamente sabe, que tem agora 14 anos. Deixei de ser a partir deste ano o encarregado da educação dela, já que estou divorciado da mãe dela e ela ficou com a tutela da criança. Mas, na altura de ela entrar no 1º ciclo, fiz uma escolha, penso eu, acertada. Sabendo das más condições das escolas básicas, "meti-a" numa escola privada. Custou muito dinheiro, como deve imaginar, mas penso que valeu a pena. As bases foram criadas, só que ao entrar no 5º ano, já numa escola pública, ela teve bastantes dificuldades de adaptação mas que foram ultrapassadas rapidamente. Entrou agora no 9º, as notas não são famosas, mas ela é uma excelente pessoazinha, tenho muito orgulho nela!
Nunca entendi o quê é que se passa nas escolas básicas. São do cargo das autarquias, mas o governo é que manda nessas escolas. O governo, sendo assim, exige muito das autarquias, mas por outro lado corta cada vez mais nos apoios. Estranho. Isso não tem nada a ver com política, não é nada partidário, é geral. O primeiro ciclo é a base dos estudos das crianças, é a base de tudo. Se essa fase da vida for menosprezada, por mais anos um aluno estude, por mais universidades que visite, sem uma base sólida, nada feito!
Tem razão quando diz que como é que podemos esperar que as pessoas não abandonem os animais quando o país tem tantas carências. Mas temos de começar por algum lado. Cada carência deste país tem de ser "atacada", não podemos deixar tudo na mesma. Nós na associação tentamos fazer o nosso trabalho, bem ou mal, mas cá estamos.
Ler não é muito comigo. O último livro que li foi "Conversas com Deus" que mudou um pouco a minha vida, mudou a minha maneira de ver Deus.
bjs
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