quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Confusão

Seria mesmo necessário lançarem uma confusão destas? Estou a falar da manifestação de hoje dos agricultores em Beja. Têm toda a razão de se manifestarem, sim senhor. Ninguém, ou quase ninguém, diz o contrário. Mas há razões que a própria razão desconhece. Fartos de estarem “cercados” no estacionamento do parque das exposições, lançaram-se para a cidade de Beja, qual cavalgada contra o “inimigo”. O trânsito no fim de tarde em Beja já é o que é, com isto então acabou-se mesmo. No fim da minha caminhada diária, tentei ir ao curso de computadores que ainda frequento. Saí do estacionamento da mata em direcção a escola Santiago Maior. Já era quase de noite, senti-me tão pequenino ao lado destes monstros de luzes acesas que vinham em sentido contrário da minha. Vá lá, desviaram-se, se não, eu não estaria agora aqui a escrever estas linhas.
Por falar em escrever estas linhas. Pela primeira vez fui “alvo” de um comentário maldoso. Mas foi tão mal escrito, quase tenho vergonha de vos indicar onde está. Claro, que foi anónimo, mas sei quem é, para quê é que servem os IP’s. Está nos comentários da minha postagem sobre Évora. Bom aproveito...

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Debate

Ouvi, agora na rádio, um debate entre os cinco candidatos á presidência da câmara municipal de Beja. Houve uma interrupção por uma falha técnica na transmissão do som, por isso o candidato pelo PS teve a oportunidade de repetir uma crítica feita ao programa Polis, nomeadamente a rua António Sardinha. Segundo ele, a rua ficou estreita devido ao não entendimento com a administração de então do hospital, pois, a razão verdadeira foi que as obras na rua iriam “roubar” largos metros de terreno do hospital e poderia prejudicar a construção de um novo hospital há muito planeado. A solução ideal foi apresentado pelo candidato João Paulo Ramoa que disse, apenas eliminando o separador central o problema ficaria resolvido, e com poucos custos. Alias, este debate foi claramente ganho por ele, apresentando propostas com pés e cabeça e não generalistas, como os dos outros candidatos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Caucaso

Assisti há pouco a um espectáculo como não via há muito. Bem, também não vejo muitos, é verdade, mas agora posso ir aos sítios onde eu quiser sem alguém me perguntar, onde é que foste???
Fui ver os Cossacos do Caucaso no Pax Julia. Não dei pelo tempo passar, foi tão rápido, incrivelmente movimentado, danças vertiginosas, uma mistura de cores doida, muito bem apoiado por seis músicos, interrompido por canções muito bem interpretadas. Pecou apenas pelo som, que estava por vezes demasiado amplificado. Também, como conheço muitas destas canções, foram um pouco generalistas no fim, mas valeu pela interpretação boa dos cantores.
Confesso, senti algumas saudades da Alemanha quando vi dois instrumentos de acordeão. Cresci praticamente com eles, ouvindo o som maravilhoso deles nas festas e rumarias da Baviera.
Resumindo e concluindo, valeu o dinheiro empregado, merecia é casa cheia, que não estava, talvez provocado pelo erro no jornal DA.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Hipocrisia

Fiquei espantado com a decisão da proibição, ou melhor, da tentativa de proibição da manifestação dos militares. A razão da manifestação pode ser discutível, agora proibir militares em participar nesta manifestação é escandaloso! Lembro-me bem, que em ocasiões similares a oposição da esquerda da altura criticou violentamente o governo do PSD. E agora? Como costumo dizer, a esquerda tem, salvo raras excepções, o rei na barriga tipo quem se mete com a esquerda, leva! Remetem-se para a desculpa que foram as chefias militares a aconselharem tal decisão! Lógico. Visto o que ganha um general ou semelhante e as regalias que eles têm. Não aproveitaram uma óptima oportunidade de terem ficado calados. Realmente, o vencimento de um Sargento, por exemplo, nos dias de hoje é uma miséria. E mesmo dentro das forças armadas entre soldados com o mesmo posto há diferenças de salário gritantes. Por isso, nesta parte dou razão aos militares. Não lhes dou razão no caso de algumas regalias, como na saúde. Penso que deviam ter as mesmas condições de toda a gente. Mas voltando ás chefias. O governo poupava muito dinheiro em acabar com certas regalias dos oficiais das forças armadas e GNR. Neste aspecto. Portugal assemelha-se a países de América do Sul e não europeia. Até quando?

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Ferreira

Não é para fazer nova comparação com Beja. Embora me apetecia. Sabe-se que está a decorrer a feira de Setembro, pelo segundo ano consecutivo sem chuva! Participei na Sexta-feira numa caminhada nocturna nomeada “Noitada de Estrelas” com largas dezenas de caminhantes. No meio da caminhada, já com algum frio e vento, fez-se uma observação aos astros com telescópios e explicações de gente entendida na matéria. A lua cheia estragou um pouco a visibilidade das estrelas, porque para melhor observação requer-se noite escura. Pelo meio disseram-me que temos na caminhada um candidato á câmara de Ferreira. Não acreditei muito, mas ao entrar de novo em Ferreira vi uma cara nos placares com um nome Aníbal qualquer coisa e eu disse a brincar: Olha, o Aníbal Cavaco Silva. Começou toda a gente a rir e mostraram-me o “certo” Aníbal que caminhava mesmo á minha frente. Á chegada fomos ao “Moleiro”, um Café feito Pizzaria. Foi um grupo muito divertido de amigos que me disseram, que vocês em Beja são pessoas certinhas, aqui em Ferreira são todos um pouco malucos. Hoje fui mais a minha filha ver a feira propriamente dita. Comparo-a com a de Cuba de há 15 dias atrás, não tão bem organizada e limpa mas com muito mais afluência do público. Claro que gosto mais a de Ferreira, também porque fui convidado por amigos de lá. Pois, como eu já tinha dito, o que me valem são os amigos, já que a minha Fada Morgana....

domingo, 18 de setembro de 2005

Comentários

Sempre estranhei que no meu blog houvesse poucos comentários. Descobri agora, quando quis comentar um comentário, que só utilizadores de blogs podem fazer isso. A partir de agora, todos podem fazer comentários, mesmo anónimos, não me importo.
Recebi há pouco uma triste notícia. Faleceu uma colega do côro onde canto. Chamava-se Carla. Os meus mais sinceros pêsames á família dela, o funeral realiza-se amanhã ás 9.30.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Évora

Esta manhã estive em Évora, levar a minha filha a uma consulta, obrigações de pai, que para isso já serve. É que, a mãe dela (a minha Ex!) tem carta, mas só a tem para fazer peso na carteira dela.
Já conheço Évora há mais de 20 anos, mas tenho que afirmar, que fiquei surpreendido, pela positiva. O centro histórico está espectacular, pelo menos para quem visita aquela cidade. Há montes de lojas, bonitas, com gente a fazer compras. Não há tanto, como em Beja, aquela “hipermercadomania”, em Évora as pessoas ainda compram no comércio tradicional. Por alguma razão os hipermercados em Beja são maiores que em Évora.
As razões, que Évora parece melhor que Beja, são muitas, claro. Tem ca. o dobro de habitantes, é património mundial, tem monumentos e museus para dar e vender. Em Beja, o visitante é recebido por um Ecoponto mal cheiroso perto do Museu, por carros estacionados mesmo em cima da entrado do castelo e por muitos, muitos cães vadios, ou soltos, porque a maioria tem dono. Nas duas horas que passeei por Évora só vi um (!) cão. Os Ecopontos confundem-se com a paisagem, subterrâneos, apenas visível por um tubo pintado de verde. Isto custa dinheiro, pois claro, mas é muito melhor assim.
Em Évora, a cultura não fecha para férias! Há concertos, teatro e palestras durante todo o verão. Com participação internacional, diga-se de passagem. A cidade tem, segundo entendi, duas escolas de música não públicas e isto traz nomes aos concertos.
Por estas e outras razões não admira que há serviços retirados de Beja colocados em Évora. Só a universidade que tem, traz muita gente, e o mais importante, fixa muita gente.
Não posso deixar de sentir inveja. Uma cidade tão perto, e tão bonita. Em tudo comparável a qualquer cidade média nórdica, como por exemplo Regensburg na Baviera que conheço bem. Gosto muito de Beja, e em especial uma certa cidadã, pois, a história continua! Mas Évora é incomparavelmente melhor que Beja. E se foi, em parte, “culpa” da gestão do actual executivo camarário, merecem ser reeleitos. Não interessa qual é o partido. Interessa o que fez pela população. Por isso, os de Beja merecem sair! Não só pela oportunidade perdida oferecida pelo programa Polis, também pela estagnação política, clientelismo etc. etc. etc. Quem merece lá estar é João Paulo Ramoa. Para mim, o que tem de acabar também, e a contabilização da percentagem por partidos em eleições autárquicas. A maior parte da população vota em pessoas, não em partidos!

domingo, 11 de setembro de 2005

Frases II

You are still my love and my live, you’re my one and only!
When you’re in love with a beautiful woman, it’s hard...
Words, don’t come easy to me, how can I find a way for me to say – I love you – words don’t come easy...
You are so beautiful – to me, can’t you see?
Mama used to say, take you time (young) man...
Why does my heart feel so bad?
You can win if you want, if you wanna you can win, on your way you will see that life is more than fantasie...
The first time I ever saw your face...
You can’t hurry love, no – you just have to wait!
When will I see you again, when will we share precious moments...
I’ve been waiting, such a long time, looking out for you, but you’re not here – what’s another year – what’s another year to someone who’s lost everything that he owns – what’s onother year for someone who’s getting used for being alone – I’ve been praying such a long time, it’s the only way to hide the fear – what’s another year!!!!!!!!!!

sábado, 3 de setembro de 2005

Mês

Faz hoje um mês que saí de casa. É quase como fazer anos. Um mês de liberdade. Sinto-me como um indivíduo que está há um mês em liberdade após 15 anos de prisão. Estou um pouco á toa ainda, uma mudança de vida destas não se conclui num mês só. Claro que há contratempos, mas com calma lá vou. Para aliviar o espírito faço diariamente uma hora de natação e logo a seguir uma hora de caminhada para estar depois saudavelmente “estafado”. Ainda não sei bem como hei de designar a minha (ainda) mulher. “Ex” ainda não é, “ainda” ainda o é, são apenas pormenores. Um pouco estranho é quando encontro amigos comuns que ainda não sabem da nossa separação. “Como está a esposa” perguntam eles, não sei, deve estar em casa ou a trabalhar, respondo eu. Porque ela, não sei bem porquê, não conta nada a ninguém, a não ser aos mais chegados amigos, claro. Também começou a caça á bruxa, quer dizer, á minha suposta amante. Agora faz a vida negra á minha cunhada pensando que é ela. Vou ter que inventar alguma, talvez uma chinesa de Hongkong, para ela ir lá e nunca mais voltar (lol). Também tenho de agradecer aos leitores deste blog por não terem divulgado em demasia a existência do mesmo, porque ela ainda não sabe que ele existe.
Também deu para pensar muito neste assunto da separação e de ver muita gente infeliz por aí. Se a mentalidade portuguesa fosse outra, penso que mais pessoas davam este passo. Mas há situações de todo o tipo. Penso que os homens são os piores! Gostam de ter uma escrava em casa que faz comida, lava a roupa e a noite ainda abre as pernas para o “senhor”. Também há mulheres que não se importam de levar uma vida destas. É por causa das pessoas, da vergonha, dizem elas. É o comodismo, digo eu. Mais vale só do que mal acompanhado, digo eu. Para frente é o caminho! Se encontrar uma pedra neste caminho, contorne-a! Se aparecer uma dificuldade, confronte-a de frente! Não olhe para traz!
No que diz respeito a minha própria vida e o meu futuro, claro, primeiro tenho que resolver os assuntos “pendentes”. Tudo com calma e ponderação, dependente também da colaboração da minha “ainda”. Quando estiver tudo mais ou menos nos eixos, só depois posso pensar em mais altos voos. Porque com a cabeça ainda cheia dos problemas não resolvidos não se consegue pensar noutra coisa, não se é a pessoa que se gostaria que fosse, não se tem a liberdade total dos actos. Vocês sabem bem de que estou a falar. Mas se a minha vida não for nessa direcção por mim desejada, não é nenhum trauma. O que é preciso é sentir-se bem consigo próprio. E isto é um exercício que tem de ser aprendido. E não é facil...