Concerto II
Sim, eu sei, não se deve fazer críticas em causa própria, pelo menos quando é uma boa crítica. Eigenlob stinkt, diz-se na Alemanha, o que quer dizer, auto-elogio cheira mal. Mas uma vez não são vezes, como costumo de dizer.
O concerto foi, em meu ver, absolutamente divino. Muito bom! A plateia estava praticamente cheia, os espectadores gostaram muito, aplaudiram entusiasticamente, principalmente os solistas. Não os conhecia, o Tenor tinha uma voz fenomenal, muito alegre, a Soprano também não ficou muito atrás. Valeu a pena, semanas de ensaios, muitas dores de cabeça, muito tempo investido. O nosso agradecimento são os aplausos, tivemos imensos, repetimos duas vezes, e o mais importante foi que ninguém saio da sala até ao fim. Há uma peça que cantámos, aliás, cantam todos menos os dois naipes masculinos, que me faz “pele de galinha”. É o “O Holy Night”. Estava nas nuvens. Só é pena que só acontece uma vez por ano, pelo menos nesta dimensão, com orquestra e solistas. Já estou com saudades desta noite memorável. Claro que nos enganámos umas vezes, o “Santa Claus is coming to town” não saio perfeito, mas estas pequeníssimas manchas não sujam a toalha. Já não encontro adjectivos para descrever este acontecimento. Um muito obrigado meu aos espectadores por terem vindo em tão grande número e por terem gostado tanto.
Após o concerto ainda fomos jantar, com alguns elementos da orquestra, ao “Despertar”. Um restaurante simples, mas bom. Servem bem e a bons preços. Foram ca. de 50 pessoas e ninguém a fumar! O dono do restaurante nunca tinha visto coisa igual.
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