sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Coro

Foi uma semana louca, começou com um fim-de-semana belíssimo em Portimão, ensaiámos três vezes esta semana, Segunda, Terça e Quinta-feira sempre até as tantas, é que temos no dia 17 o nosso principal concerto pela frente. Ainda as Sextas-feiras estou a aprender órgão, ou melhor, piano, que acho mais engraçado. Finalmente tenho algum tempo para respirar.
Aqui vocês me ouvem falar muitas vezes do meu coro. Mas alguns talvez não saibam o que estamos a fazer num coro. Cantar, claro, mas com regras e disciplina. Este coro já existe há 24 anos e pode ser considerado um coro de música clássica. Isto não quer dizer que se trate de música aborrecida, longe disso. Pode ser até bastante alegre, temos peças de vários estilos. A maioria são espirituais negros, muito movimentados, e peças religiosas. O coro é constituído por quatro naipes, ou seja, por quatro grupos. Os homens dividem-se em tenores, que é a voz mais aguda, e nos baixos, a voz mais grave, no qual eu me englobo. As senhoras, por sua vez, dividem-se em sopranos na voz aguda e nos contraltos. Agora estes quatro grupos têm de cantar juntos e afinados. Não é fácil, cada indivíduo tem a sua voz e maneira de cantar, mas este trabalho cabe ao chamado maestro. No nosso caso é o Dr. Pedro Vasconcelos, uma pessoa com uma personalidade forte, que é necessária para manter a disciplina e para nos ensinar cantar afinadinhos. Como é que ele já nos atura por 24 anos, não me perguntem. Pessoalmente só faço parte deste coro há quase quatro anos, devia é ter entrado nele há muito mais tempo. Adoro. Cantar liberta a alma, faz-me sentir bem. Cantar é rezar duas vezes, como alguém disse. E a recompensa são as palmas do público. Espero que venha muita gente, no dia 17, no Pax Julia. Conto convosco.