sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Natal II

Obrigado pelas palavras nos comentários do post anterior. Mas na Alemanha diz-se: Jeder schaufelt sich sein eigenes Grab, não vou traduzir isso porque podia ser mal interpretado. Como posso eu estar bem se nem posso ver a própria filha durante o Natal? Resolveram passar esta época festiva fora de Beja.
Admiro pessoas que conseguem sempre mostrar um sorriso e dar alegria aos que os rodeiam. Como por exemplo, os Adiafa. Actuaram esta manhã na RTP1 na Praça da Alegria, já cantaram a menina do Sado tantas vezes, que já deveriam estar aborrecidos. Mas cantaram esta canção com uma alegria tal que contagia.
Pouco antes, ás 9.40 horas, tentei passar pela Loja Singer em Beja, portas fechadas. Abre ás 9.30, mentia um aviso. Queria comprar uma prenda para a minha filha, perderam um negócio, fui a outro lado. Admiro ainda os condutores de automóveis que num trânsito louco como se tem assistido nos últimos dias ainda conseguem deixar passar um peão numa passadeira com um sorriso nos lábios.
Aborrece-me a música de Natal. Se fosse só uma ou outra, muito bem. Mas onde quer que se vá, música destas. Já chateia. O cúmulo acontece frente á COOP. Com altifalantes grandes no meio do parque de estacionamento o transeunte é “atacado” constantemente com esta música.
Parece que já não vamos fazer a acção entitulada de “Sopa de Pobres”, pelo menos para já. Uma iniciativa destas requer mais tempo de preparação. Fica para mais tarde.
Na Terça-feira cantámos no Hospital Distrital de Beja no âmbito da festa de Natal para os doentes. É sempre diferente cantar aí. Cantámos mesmo antes dos Adiafa, que chegaram atrasados. Ontem fui ao Pax Julia assistir a um concerto dado pela Orquestra Ibérica de Jovens, um conjunto formado pelos conservatórios de música de Beja, Lagos e Huelva. Estavam ca. de 50 pessoas no palco e ca. de 70 na plateia, pois. Maioritariamente constituída por instrumentos de sopro, não é da minha preferência, gosto mais de instrumentos de corda, como em orquestras sinfónicas. Mas gostei na mesma. O pior veio depois. Um grupo mesmo ao meu lado fez desta sala uma taberna, não se calavam. Quando os jovens tocavam com mais força, mais alto falavam. Por isso saí pouco antes do fim, não tive paciência para presenciar tal falta de civismo.
Desejo um santo e feliz Natal a todos os leitores deste blog.