Curvas
Cheguei agora do Algarve, um pouco tonto ainda, já digo porquê. Saí de Beja ontem de manhã, com o carro cheio da tralha da minha filha mais a mãe dela, nas calmas até Quarteira. A casa onde elas ficam esteve vazia durante meses, e os últimos ocupantes foram pessoas nos seus 18 – 20 anos. Imagina-se como a casa estava. Era pó e baratas por todo o lado. Foi uma limpeza geral neste dia todo. Hoje queriam que eu fosse a praia. Fui, mas contra vontade, já que não gosto muito de praia. Fiquei 3 horas sentado, vestido por baixo dum toldo. Diga se de passagem, que custa 100 € o aluguer deste toldo por 15 dias, o que é um abuso, mas os nadadores-salvadores têm de ser pagos de algum lado. Depois do almoço, fui me embora para fazer aquilo que mais gosto, conduzir. Fui pela N2 entre Faro e Castro Verde. Entre São Braz de Alportel e Almodôvar é património nacional. É a tal estrada supostamente construída por um inglês, que por cada curva por construir, só respondia com “yes”, já que não falava português, e assim se fez mais um S, mais uma curva. 365 no total, dizem. Há ca. de 20 anos quando eu namorava uma rapariga de Almodôvar, tentei conta-los. Só que havia curvas seguidas no mesmo sentido e não sabia se contava por uma ou duas. No primeiro caso saíu menos e no segundo saíu mais de 365. Por isso, não sei. Mas dá para ficar tonto. A meio do caminho existe um miradouro que eu considero o sítio mais belo do Algarve. Acho que dá pelo nome de Miradouro da Serra do Caldeirão, vê-se quase 360 graus em volta perturbado apenas por uma torre salvo erro de telecomunicações, que não faz aí nada, em minha opinião. E claro, dum lugar fantástico destes tinha de mandar uma mensagem a minha Fada Morgana....