domingo, 19 de junho de 2005

Cuba

Ontem demos um concerto em Cuba, na Biblioteca Municipal. É um espaço muito agradável mas tínhamos pouco público. Talvez fosse por falta de divulgação adequada, mas os que assistiram, gostaram. Eu estava com a cabeça noutro sítio, claro. Até me enganei por três vezes, coisa que nunca me tinha acontecido. Pois ontem ela passou por minha casa, justamente quando eu saí. Tinha acabado de dar aulas de alemão às minhas “alunas” e ia buscar á sala dos ensaios do coro as garrafas de água para o concerto. Ela vinha com um amigo que toca num grupo com ela. Ficaram parados no cruzamento por baixo da minha casa a conversar. Para seguir o meu caminho tive de me pôr ao lado dela e eu disse, olá ......Estupidamente toquei na buzina, é que o (raio do) volante do carro tem a buzina num sítio algo invulgar, que já me fez uma partida dessas várias vezes. Não sei se foi por isso, ou por eu ter interrompido a conversa entre eles, ela respondeu-me olá, boa tarde, quase sem olhar para mim e muito frio. Bem, claro, para mim este dia já era. Escusado de dizer, que não preguei olho na ultima noite. No restaurante onde fomos depois do concerto, mandei-lhe uma mensagem a explicar umas coisas, mas claro, por SMS não dá para grandes explicações, e ela, claro, não me respondeu, como não respondeu a todas as outras mensagens que eu já lhe tinha mandado. Isto é apenas mais um tiro de canhão no muro da minha autoestima, mais um tijolo para o da depressão. Talvez este mundo do machismo e da: a forte personalidade manda, não é para mim, mas se eu estivesse com ela, naturalmente eu não seria tão trombudo, tão chorão. Estava bem com o mundo, bem na vida e sempre bem disposto, como eu estava, por uns minutos, na Bejanoivos quando ela estava por perto. Na sexta-feira passada tentei encontrar-me com ela, já que ela por vezes dá aulas perto da minha casa. Só que ela entrou mais tarde do que eu pensei e saio mais cedo. Que frustração! Há um cantor austríaco (cá estou eu com os cantores) de nome Wolfgang Ambros, que no início dos anos 80 tinha uma canção com o refrão assim: A autoconfiança vem, como o nome indica, da própria pessoa; uma pessoa vive 100 anos feliz e satisfeito, uma outra morre aos 20 porque nada avança. Pois neste momento sinto me como o de 20, mas estou a começar a aprender alegrar-me com pequenas coisas como ouvir a minha Rádio preferida, o Rádio Clube Português no 106.40, ou a dar aulas em alemão e agora também em inglês, já que a professora delas faltou os últimos 2 meses sem substituição, e no próximo ano faltava-lhes esta matéria. Ou ainda tocar órgão, que comecei a aprender este ano, já que gosto muito de música. E claro, nunca perdendo a esperança de a ver.....