Missão ajudar
Hoje, durante o dia todo, a RTP 1 transmite uma homenagem aos voluntários em estilo de festa de gala na Aula Magna em Lisboa. Em parceria com o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado é pedido mais apoio para esta nobre causa. Pessoalmente tenho em alta consideração as pessoas que fazem voluntariado, que não pedem nada em troca, a não ser um pouco de reconhecimento. Conheço pessoas que trabalham em hospitais, na Cruz Vermelha e outras instituições humanitárias, só porque sentem que devem fazer mais qualquer coisa, ajudar o próximo. Claro, para isso é necessário ter tempo. Mas dando um passeio nas “Portas de Mértola” quantos reformados que por aí andam, ou param, não podiam fazer voluntariado? Estão aí, conversando, sem fazerem nada, em plenas condições físicas e psicológicas, podiam e deviam de meter mãos á obra. Acompanhei esta emissão nas primeiras horas, o apresentador perguntou a uma das telefonistas que aí estavam se já houve muitos telefonemas. Ela disse, que o telefonema mais ao sul era de Santarém, ou seja, o sul de Portugal está um pouco desligado desta questão. Ora, é mesmo aí que quero chegar. Uma pessoa só pode fazer voluntariado quando está “desafogado” financeiramente, porque só assim tem vontade de fazer alguma coisa. Como é sabido que o sul é mais pobre que o norte, cá faz-se menos disso. O povo português até gosta de ajudar, prova disso foi o ultimo verão, quando se pediu apoio aos vitimados dos incêndios. O norte da Europa tem mais tradição em voluntariado, é mais rico. Conheço mesmo um alemão que deixou todo o conforto que este país ainda oferece e foi para África em missão voluntária. O meu grande sonho era mesmo ganhar no Euromiliões, claro quem não sonha com isso, mas eu não queria grande coisa para mim pessoalmente, gostava é muito de ajudar os outros, dedicando a minha vida a isso. Claro, são apenas sonhos....