segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Publicidade

Há muito tempo que queria escrever sobre este tema. Lembrei-me agora lendo um post do Nikonman. Porque parece que ninguém controla os publicitários, e ninguém os critica. Porque dá dinheiro, muito dinheiro. As estações televisivas, as rádios e os jornais não sobreviviam sem publicidade, até as câmaras municipais arrecadam uma boa fatia deste bolo. Há “outdoors” por todo o lado, semeados em redor das rotundas, sejam de partidos ou hipermercados, até para uma pequena placa que coloquei na rua antes da minha oficina para anunciar a mesma, queriam eles 30 euros. Só que a minha oficina está um pouco escondida, por isso a placa tornou-se necessária. Mas gostaria de falar mais sobre a publicidade na rádio e nos TV’s. Parece que o limite apenas é o bom senso. Claro que há leis e directivas comunitárias, a maior parte até é cumprida, tirando talvez os anúncios de marcas de automóveis. Por exemplo, há algum tempo dava uma onde um Fiat Punto era mais rápido a seguir um carro de ralís, chegando sempre primeiro que o piloto da corrida. Mas ainda bem que isto já lá vai. Agora dá uma que acho simplesmente estúpida! “Os condutores .... conseguem sempre aquilo que querem”. Devia de ser eleita a publicidade mais parva do ano. Na rádio dá uma que um tal Rui liga e desliga um interruptor eléctrico para experimentar uma lâmpada que acabou de adquirir. Quando oiço este anúncio, mudo de posto ou desligo o rádio. Os bancos também por vezes exageram. Tirando talvez a do meu banco que até acho graça, a do gato fedorento, que até aumentou em muito o movimento daquele banco. Mas há uma que até agora só ouvi na rádio onde um tipo pergunta a namorada muito laconicamente qual dos três prémios ela quer ao pedir um cartão de crédito. Parvoíce. Outra é a publicidade de detergentes de lavar a loiça. Quando é para lavar á mão, a cozinha tem de ser pobrezinha e a pessoa que segura o detergente tem de estar vestida com roupa quase rasgada, já que não tem dinheiro para comprar uma máquina de lavar loiça! Quando se trata de publicidade para detergente de máquina a cozinha brilha tanto que é preciso de baixar o contraste da televisão. Ou esta da máquina de limpeza onde uma senhora mal vestida esfrega com um pano e não consegue limpar bem. Já com a máquina na mão, ela aparece quase para ir a uma festa de gala. E para não falar daquela publicidade onde aparece uma voz de um chico esperto a falar de uma maneira tal, que todos os outros que não usam o produto proclamado por ele se sintam parvos. Há produtos apresentados por mulheres com pouca roupa, claro que gosto de ver isso, mas muitas vezes não tem nada a ver com o assunto. Devia de haver mais autocrítica dos consumidores para não irem tanto atrás desde tipo de publicidade.