Esta manhã estive em Évora, levar a minha filha a uma consulta, obrigações de pai, que para isso já serve. É que, a mãe dela (a minha Ex!) tem carta, mas só a tem para fazer peso na carteira dela.
Já conheço Évora há mais de 20 anos, mas tenho que afirmar, que fiquei surpreendido, pela positiva. O centro histórico está espectacular, pelo menos para quem visita aquela cidade. Há montes de lojas, bonitas, com gente a fazer compras. Não há tanto, como em Beja, aquela “hipermercadomania”, em Évora as pessoas ainda compram no comércio tradicional. Por alguma razão os hipermercados em Beja são maiores que em Évora.
As razões, que Évora parece melhor que Beja, são muitas, claro. Tem ca. o dobro de habitantes, é património mundial, tem monumentos e museus para dar e vender. Em Beja, o visitante é recebido por um Ecoponto mal cheiroso perto do Museu, por carros estacionados mesmo em cima da entrado do castelo e por muitos, muitos cães vadios, ou soltos, porque a maioria tem dono. Nas duas horas que passeei por Évora só vi um (!) cão. Os Ecopontos confundem-se com a paisagem, subterrâneos, apenas visível por um tubo pintado de verde. Isto custa dinheiro, pois claro, mas é muito melhor assim.
Em Évora, a cultura não fecha para férias! Há concertos, teatro e palestras durante todo o verão. Com participação internacional, diga-se de passagem. A cidade tem, segundo entendi, duas escolas de música não públicas e isto traz nomes aos concertos.
Por estas e outras razões não admira que há serviços retirados de Beja colocados em Évora. Só a universidade que tem, traz muita gente, e o mais importante, fixa muita gente.
Não posso deixar de sentir inveja. Uma cidade tão perto, e tão bonita. Em tudo comparável a qualquer cidade média nórdica, como por exemplo Regensburg na Baviera que conheço bem. Gosto muito de Beja, e em especial uma certa cidadã, pois, a história continua! Mas Évora é incomparavelmente melhor que Beja. E se foi, em parte, “culpa” da gestão do actual executivo camarário, merecem ser reeleitos. Não interessa qual é o partido. Interessa o que fez pela população. Por isso, os de Beja merecem sair! Não só pela oportunidade perdida oferecida pelo programa Polis, também pela estagnação política, clientelismo etc. etc. etc. Quem merece lá estar é João Paulo Ramoa. Para mim, o que tem de acabar também, e a contabilização da percentagem por partidos em eleições autárquicas. A maior parte da população vota em pessoas, não em partidos!