La Serva Padrona

Bem, hoje vou voltar á minha faceta de critico de espectáculos, embora crítico sem ser crítico, criticar música sem ser músico. Como já tinha referido anteriormente, não há comentários e opiniões na comunicação social de Beja sobre os espectáculos realizados no Cine-Teatro Pax Julia. É estranho, porque são geralmente de boa qualidade!
Já faz quase dois meses que não visitara esta sala. A última vez foi no nosso concerto de Natal, dia 17 de Dezembro. Hoje actuou um grupo formado da Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com o Teatro Nacional de S. Carlos. Apresentaram uma versão adaptada para tempos modernos da ópera “La Serva Padrona” de Pergolesi. Bem interpretado, cantado em italiano, e segundo o guia do espectáculo, mantendo o mais possível a letra original. Embora curto, só ca. de 50 minutos, foi do agrado do pouco público presente. Acompanhado apenas por um pianista, de boa qualidade, e dirigido por um maestro. Não sou, claro, fluente em italiano, mas gostei na mesma. Vi, pela primeira vez, o fosso que pode albergar uma orquestra. É nada mais e nada menos um prolongamento do palco para a frente, normalmente tapado com tábuas e só descoberto para este fim. Consegui “arrastar” até ao espectáculo a minha filha, pode ser que se comece a interessar pela música.
Amanhã vou levantar-me cedo. Incrédulos? Admito que sim. Uns amigos meus organizam uma caminhada em Ferreira do Alentejo e lembraram-se de mim. Sabem que gosto muito, vai ser a primeira deste ano. Dá para desenferrujar os ossos....
ps: Para quem não sabe, uma ópera é teatro, mas cantado e nada aborrecido!!!