quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Homem Choné II

Ainda a poeira da Opa (hostil?) não tinha assentada, já está outra á vista. O BES quer fazer o mesmo, até parece que a PT está em saldo. Mas não, uma Opa sobre a mesma firma tem que ter mais 5% sobre o valor da primeira. Não sei onde isto vai parar. Qualquer dia, o Zé e o João juntam-se, vão ao banco deles, no balcão de atendimento perguntam ao funcionário, se há hipótese de fazer um empréstimo para realizar uma Opa. Opá, diz esse, o saldo da sua conta é insuficiente para esta Opa. Mas, há Opas mais baratas. Veja lá esta... Opá, esta é boa....
Claro que estou a gozar com um assunto sério, mas ás vezes parece que alguns jogam com os mil milhões como nós com as notas de 20. Certo é, para nós, menos entendidos nesta matéria, faz uma confusão terrível de onde eles vão buscar tanto dinheiro. Só sei uma coisa, quem vai pagar a factura, no fim, somos nós, os utentes!
Voltando ao Senhor Belmiro de Azevedo. Como um comentador do meu anterior post disse, a fortuna dele provém também de partes incertas. Uma pessoa assim, de certeza, não ganhou tanto dinheiro só com trabalho. Conheço muitas pessoas que trabalham nas firmas dele. Horas extraordinárias? O quê é isso? Dão mais qualquer coisa, se não gosta, aí está a porta da rua. Para mim, isto provem da excessiva oferta de trabalhadores não qualificados que há em Portugal. Podem fazer com eles o que querem, sai um, há logo outro para o substituir. Nos lugares de mais responsabilidade, aí sim, o pessoal é efectivo. Mas fazem horas atrás de horas, que só visto. Admiro esse homem, sim, mas nem tudo o que brilha, é ouro. Se esse senhor fosse espanhol ou alemão, não sei se não faria o mesmo. Aproveitam-se das circunstâncias do nosso país.
Os preços, em geral, nos hipermercados portugueses são elevados. De outra maneira não seria possível de terem tanto lucro. Novos hipermercados nascem como cogumelos, porquê? Porque são caros. Explico porquê. Na minha última ida a Alemanha fiz o teste. Comparei os preços dos hipermercados de lá com os do Lidl e Aldi de lá, também. Pouca diferença, com ligeira vantagem para o Lidl. Cá, os preços no Lidl são comparáveis com os da Alemanha, mas nos hipermercados, minha nossa. Parece que estão em conjunto a explorar o consumidor, não vejo outra razão para serem todos mais caros. Fazem testes atrás de testes, publicidade disto ou aquilo, a mim não me enganam!
Por vezes “meto”-me com pessoas que saem do M..... com o carrinho cheio, não para os criticar, mas sim, para tentar descobrir de onde são. Normalmente são de fora da cidade, das aldeias, juntam-se duas ou três famílias para fazer compras. Os da cidade já aprenderam melhor de fazer compras. Primeiro vão ao Lidl, e o que não há lá, compram nos outros!

5 Comments:

At 09 fevereiro, 2006 14:07, Anonymous Anónimo said...

Ora aí está!!
Mesmo sem óculos, afinal tb usas óculos.
Era isso mesmo que eu queria dizer.
Ao fim e ao cabo o Sr. Choné até me "trata" bem quando apresento uma reclamação como cliente assíduo que sou do seu espaço.
Mas....quantos são os que não reclamam?!
Quantos não comparam os preços de um produto isolado ou em pack?
Isso aí, o cliente menos atento ou menos abonado de tempo para estar atento, não repara e acaba por ser enganado por tecnicas de marketing malandrecas. E assim o Shôr Choné vai enchendo o papo.
Atenção! Isto é só um pequeno exemplo facilmente visivel no dia-a-dia.
Estou bastante convicto que em outras areas as coisas não são assim tão visíveis.
Desviando um pouco o assunto e voltando ao homem choné I, referiu-se num comentario o facto de ele querer o manjar governo. Ora se bem me lembro, tb aqui há alguns anos atrás eu próprio o ouvi dizer que mudaria as empresas para fora do país caso o então governo não cedesse a uma determinada situação (não me lembro qual, sim a PDI pode provocar falhas de memória mas a mim felizmente a cegueira ainda não me atinjiu), que nome se dará então a esta situação senão a de "ter" mais força que o governo???
Os meus amigos sabem muito bem que se pode "comprar" votos do povo ou com jantaradas de beneficiencia, ou ofertas de jobs for the boys entre outros. Assim, e concluindo o meu raciocinio anterior, será relatviamente facil ao Shôr Choné obter o seu manjar. É só uma questão de apetites...

Resumindo, um Estado de direito deverá ter mecanismos que o proteja destas situações.
Um Estado de direito é eleito pelo povo para que este (o Estado) o sirva (governe), e não o oposto .
Cumps a todos.

 
At 09 fevereiro, 2006 16:33, Anonymous Anónimo said...

A solução é abrir os olhos, não se deixar enganar pelo marketing.

Desculpa, Zig: queres entrar nesta corrente? sem compromisso, claro.

[Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.]

Inês

 
At 09 fevereiro, 2006 16:36, Anonymous Anónimo said...

Desculpa, deves estar farto de 'correntes'. Não precisas responder.
Mas sempre te digo que gostei de ler as respostas que deste ao outro questionário.

bj da Inês (teacher)

 
At 09 fevereiro, 2006 23:54, Blogger Zig said...

@anônimo
Uso óculos, sim, mas só para ver ao longe.
É um facto que a maior parte dos consumidores não comparam preços. Dá muito trabalho e normalmente, ou melhor, muitas vezes escolhem sítios para as compras para ver e para serem vistos.
Acontece em muitos países que pessoas influentes não ligam nenhuma aos governos. Lembro-me de um caso, há muitos anos, em que um empresário alemão provocou a "queda" de um ministro.

 
At 09 fevereiro, 2006 23:55, Blogger Zig said...

@Inês
Já te respondi no teu blog.
bjs.

 

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