sábado, 14 de janeiro de 2006

Escutas

Realmente não sei até onde isto vai chegar. As escutas telefónicas são, em países democráticos, dos actos mais reprováveis que há. Num país supostamente livre, só os ditos criminosos deveriam de ter medo destas acções, e não qualquer um. Hoje em dia, com as tecnologias que há, é muito fácil fazer escutas, qualquer detective privado sabe disso. Agora quando calha a altas entidades do estado, o caso torna-se mais complicado. Primeiro, claro, se foi verdade ou não, o que noticiou o 24 horas. Eu ontem estava convencido que era mentira, hoje já não tenho tanta certeza. Embora seja um jornal dito sensacionalista, do tipo Bildzeitung da Alemanha, mas não publicariam dois dias consecutivos a mesma notícia sem terem a certeza quanto a sua vericidade. Quem é que mandou escutar? A procuraria geral da república? Para quê? Existe lá algum inspector que gosta de aproveitar-se do poder que tem? Algum juiz eficiente, que cheira um golpe de estado? Brincadeiras à parte, o caso é sério. Estamos em campanha eleitoral, o que complica ainda mais. Será que existe uma entidade policial que tem liberdade absoluta de agir e que ninguém conheça? Bem, o Procurador Geral da República vai dar explicações aos deputados da Assembleia da República na Sexta-feira, a dois dias das eleições. Até lá, muito vai ser especulado, todos os candidatos vão ter mais um assunto para debater, á frente de todos, para variar, o mp3. Como a pre-campanha foi tão longa e já não há assuntos para falar, ora aí está, podem falar sobre, ou contra, as escutas, porque é um inimigo invisível que se pode atacar e ninguém é visado, ou quase. Por falar em escutas, o meu telefone por vezes faz uns ruídos estranhos......