sábado, 2 de junho de 2007

Dia da Criança (que há em mim)

Texto publicado em simultâneo aqui e na Taberna dos Inconformados

Passou-se mais um dia da criança, e simultaneamente mais um dia dos meus anos. Quanto ao Dia da Criança propriamente dito, as situações como aqui por mim descritas no ano passado pouco melhoraram. Este dia existe desde 1950, proclamado pela ONU, pensado devido aos horrendos acontecimentos que tomaram lugar na 2º guerra mundial.

A partir desse dia todas as crianças dos países membros dessa organização deveriam ter direito a:
- afecto, amor e compreensão;
- alimentação adequada;
- cuidados médicos;
- educação gratuita;
- protecção contra todas as formas de exploração;
- crescer num clima de Paz e Fraternidade universais.

Bem, em muitos países por esse mundo fora, esses princípios são letra morta, há muitas crianças que são exploradas e maltratadas! Até em países como Portugal nem todas as crianças têm esses direitos, quase diariamente somos bombardeadas com notícias desse tipo, como o do desaparecimento da pequena Madeleine há ca. de um mês.

Falando agora do “meu” dia, do dia dos meus anos. Como previsto, foi um dia (quase) como outro qualquer. Começou um pouco deprimente, já que quando mais aniversários se cumpre, menos se dá importância a esse facto, e mais se pensa no que como a própria vida poderia ter sido se não se tivesse tomado essa ou aquela decisão. Mas essas dúvidas dissiparam-se no instante quando a minha mais do que tudo, a filhota, me deu um grande beijinho de parabéns acompanhado por um não menos intenso abraço! Só esse momento valeu para o dia todo, aconteça o que acontecer....

Este dia terminou em beleza, no verdadeiro sentido da palavra. Hoje foi dia de baile de finalistas na escola da minha filha. Ela, claro, foi a dama mais bela da festa, sem dúvida! Bem, ali estava ela, a divertir-se com as amigas, que são muitas. Também para ela foi um belo final do dia da criança, embora nesse caso já não se trata bem de uma criança, ela é uma bela rapariguita! Se os jovens não se divertem nessas alturas, então, quando é que gozam a vida? Quando tiverem a minha idade? Não senhor, a dura realidade já não nos deixa divertir como deve de ser, já não nos deixa divertir como só uma criança o sabe!