quinta-feira, 31 de maio de 2007

Lírio Roxo

No dia em que Cowboy Bush finalmente “despertou” para as questões ambientais, tivemos no nosso coro um ensaio muito interessante! Tivemos a visita do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa com os quais vamos cantar uma canção num concerto no próximo domingo na Vila Branca. Do concerto já falo, mas vocês se devem neste momento a perguntar, mas como é que combina um grupo de cânticos tradicionais alentejanos com um de orientação clássica?

A mesma pergunta nós também nos fizemos! Mas o ensaio correu agradavelmente bem! A ideia de juntar os dois coros partiu de Armando Torrão, funcionário e colaborador em assuntos musicais da CM de Serpa. Pegou numa canção popular alentejana, o “Lírio Roxo”, e escreveu uma partitura para coros polifónicos. Nós (coro) cantamos a peça toda, menos o início. Pelo meio entra esse grupo coral de Serpa, a todo o gás, de “peito aberto” como alguém referiu, em cada início do refrão, na palavra “roxo”. Bem, eles, só homens, impressionam quanto se juntam a nós a partir dessa palavra....

O concerto está englobado no IV Encontro de Culturas em Serpa, a decorrer a partir de amanhã até 10 de Junho. Bem, nós estamos habituados ao pó do palco, mas esse concerto se vai realizar ao ar livre, mais precisamente no “Espaço da Nora” perto das Portas de Beja, este domingo pelas 21.30 horas.

Para consultar a programação completa desse evento serpense, clicar aqui (ficheiro pdf)

No fim do ensaio de hoje, esse grupo de Serpa brindou-nos com uma peça sua! São realmente muito bons, sabem cantar e sentem o que cantam, algo que nem sempre acontece! Bem, meus amigos, vocês sabem que o cante alentejano não faz lá muito parte do meu gosto musical, mas há sempre tempo para mudar de opinião....

Deixo-vos aqui com a letra da canção:

Ao romper da bel’aurora, sai o pastor da choupana....

Meu lírio roxo, sai o pastor da choupana
Gritando em altas vozes
Muito padece quem ama

Meu lírio roxo
Muito padece quem ama

Ó minha mãe, minha mãe
Ó minha mãe, minha amada

Meu lírio roxo
Ó minha mãe, minha amada

Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada

Meu lírio roxo
Quem não tem mãe não tem nada

Badajóz tem lindas damas
Portugal também as tem

Meu lírio roxo
Chirlo birlo birlo par’amar meu bem