Mania dos recordes
Não, hoje não vou criticar nem falar das notícias. Não vou falar de José Sócrates que interpreta a sua reeleição como líder do PS como uma prova que está a governar bem o país. Não vou sequer criticar que ele era o único candidato, facto que faz relembrar outros tempos. Também não vou falar da bola e da vitória do meu FCP. Nem vou falar que há certos avançados que são um alvo a abater, não senhor. Neste leque de notícias que me são indiferentes também se encontra o facto das cada vez mais gritantes alterações climáticas que fazem que depois das chuvadas aparece hoje novamente o sol em força, batendo mesmo recordes no norte do país. Tão pouco vou falar da ausência da adaptação aos tempos modernos dos livros escolares, outros países já têm livros na internet e outras técnicas adaptadas na educação. As anunciadas greves dos professores, da função pública e do metro de Lisboa ficam de fora também. Da ministra da educação já se falou tanto, agora finalmente entendeu que as aulas de substituição não servem de nada nos moldes actuais, os sindicatos desde da primeira hora já o disseram. A reeleição de Lula da Silva já por natureza me é indiferente já que no Amazonas continua tudo na mesma, a selvajaria continua com o abate indiscriminado de árvores.
É que hoje, meus senhores, está no topo uma notícia que se sobrepõe a todas as outras. É tão importante que será a maior da semana toda, talvez! 9000 pessoas com tambores nas mãos fazendo um barulho ensurdecedor entraram no Guiness Book of Records. Isso mesmo! Este absolutamente grande e enorme e inacreditável feito foi conseguido na Índia, destronando um anterior “record” conseguido em Hongkong com “apenas” 7000 tambores! Mas será que essa gente não tem mesmo mais nada a fazer do que tentar entrar nesse livro emblemático? Com tantos recordes o livro já teve que ser dividido em vários partes, qualquer dia os funcionários e provedores destes recordes são mais que as mães. Irrito-me com isso porquê? Porque eu é que deveria de constar nesse livro! Isso mesmo, eu! Como único homem do mundo que não existe, ou então, como a pessoa mais tímida do planeta. Nesses últimos tempos há provas suficientes que me ajudariam a conseguir uma entrada directa neste livro, nem sequer fazia falta a deslocação de uma comitiva comprovadora ao nosso cantinho à beira-mar plantado....
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