segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Balão

Mais um daqueles casos em que a mão direita não sabe o que faz a mão esquerda! O governo, todo admirado, desconhecia uma directiva da DGV (Direcção-Geral da Viação) que dava uma margem de erro em alguns tipos de aparelhos de medição, os tais que os automobilistas receiam ver a cada esquina, tal como o radar e o aparelho de medição do nível de álcool no sangue, vulgarmente conhecido como “balão”. No caso do radar esse erro antigamente era mesmo necessário, pois a GNR tinha apenas medidores manuais, muito incertos e em caso de erro, como muitas vezes acontecia, o prejudicado era o condutor. Como já houve casos em tribunal ganhos pelos automobilistas, a DGV criou essa margem de erro, que penso eu se mantém até hoje, mesmo com os mais sofisticados radares modernos. No balão, a mesma coisa. Bastante incertos, penso que é apenas vinculativo quando o infractor se recusa de fazer uma prova de sangue num hospital ou quando não for possível fazer esse teste, pelas mais variadas razões. É que, uma vez num Centro Comercial do Algarve, fizeram esse teste do tal balão. Havia três aparelhos diferentes, e eu disse aos agentes porquê é que não fazem um teste entre os três aparelhos? Dito e feito, não comigo, já que não bebo, mas com outra pessoa. A diferença entre o “melhor” e o pior resultado era 0,05 por mil. Em caso de limite faz toda a diferença.

Agora acho estranho que esse super-eficiente executivo que temos não sabia dessa directiva! Qualquer automobilista a conhece, sabe perfeitamente que o que indica no tacómetro não é a velocidade real, indica sempre mais um pouco. Pois, já me esquecia, os senhores deputados andam com motorista, e esse tem liberdade de pé de chumbo! Mas a confusão instalada hoje é “apenas” sobre o limite no álcool no sangue. Sentindo-se ultrapassado, um secretário de estado super-eficiente pediu imediatamente esclarecimentos à DGV sobre esse caso, já que eles podem beber à vontade nas festas e inaugurações, o motorista é que não. Não pode haver facilidades para a classe baixa, desculpem, para os que conduzem! Zero ponto zero sete de margem de erro, não pode ser, deve ter gritado esse secretário de estado ao entrar no gabinete após as mais que merecidas férias de verão. Onde é que está o meu motorista???

Mais uma bronca a envolver o foro automobilístico. Após inúmeros adiantamentos do prazo limite para a compra do selo de circulação, agora alguns automobilistas, principalmente os que compraram um carro com um certo tipo de crédito, podem ser multados na mesma e até ficar sem carro! Como? Em muitos casos o condutor não tem o comprovativo da compra desse selo, que é obrigatório ter. Nestes casos existem apenas comprovativos emitidos para as instituições de crédito, já que são eles os reais proprietários dos veículos. E como não podia deixar de ser, já houve muita gente a ser multado....

2 Comments:

At 28 agosto, 2006 23:38, Blogger Unknown said...

No caso do selo, julgo que fazendo prova de que o carro pertence à locadora, é possivel evitar a multa, já que o titulo de registo de propriedade tem reserva de propriedade.

 
At 28 agosto, 2006 23:47, Blogger Zig said...

cruzeiro:
Não sei como isso funciona, já que não tenho dinheiro para comprar um novo carro. Pelo menos no meu velhinho carrito tive de gastar pouco dinheiro. Mas o facto é que já foi multado gente....

 

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