Acabou!

Acabou o sonho da presença de Portugal na final. Sonho desfeito, acabou com um penalti discutível. Ricardo Carvalho já estava no chão, pelos vistos o árbitro queria que ele desaparecesse. Ricardo bem se esticou, quase, mesmo quase o apanhava, mas o marcador foi nem mais nem menos Zidane, para acabar com a sua presença em jogos internacionais com chave de ouro. É que duvido muito que ele marque com a Itália.
Portugal teve mais posse de bola, mais oportunidades. Ricardo não fez uma intervenção digna desse nome, Barthez várias. É frustrante, no fim, claro, já mandaram os nervos, já não houve discernimento. Houve bolas para a frente, numa das últimas oportunidades Helder Postiga e Figo atrapalharam-se.
Mas pronto. Estamos nos quatro melhores do mundo! Isto já é qualquer coisa! Um feito só conseguido por uma vez, há 40 anos. Temos que estar orgulhosos, não é nada mau para um povo de apenas 10 milhões. É isso que fica para a história. Temos razões de estar orgulhosos, de andar de cabeça erguida na rua.
O que falta é um jogo que todos gostariam que fosse a final, o Portugal – Alemanha. Para muitos, esse jogo é o jogo dos perdedores. Não é, não senhor. É a luta pelo lugar mais baixo no pódio. Temos hipóteses de ganhar. Alemanha penso que é mais fraco que Portugal.

Ainda algumas reacções. Scolari, o tal jogador português, disse, naturalmente muito chateado, que Portugal era o “patinho feio” do mundial, queriam ver outra equipa na final.
Madaíl disse que Portugal caiu de pé, nisso estou de acordo.

Agora, já um pouco mais a frio, digo que não há vitórias morais, o que conta é o resultado.
Se Portugal não tivesse essa fama de os jogadores se deixarem cair, a falta sobre Cristiano Reonaldo seria penalti.
Estou de acordo com Scolari, mas por outras razões. Para os publicitários e magnatas das transmissões televisivas uma final com França puxa muito mais do que com Portugal.
Paciência!
Resta-me apenas dar os parabéns à França. Ganharam, assim diz o marcador, mas não convenceram. Espero que a Itália ganhe!