Divulgação

Post divulgado em simultâneo aqui e na Taberna dos Inconformados

Cantata de Santo Agostinho

2 Concertos:

Sábado, 6 de Maio de 2006
21.30 horas
Basílica Real em Castro Verde

Domingo, 7 de Maio de 2006
17.00 horas
Cine Teatro Pax Julia em Beja
Entrada 1,5 €

Com participação dos coros:
Coro do Carmo de Beja
Coro Polifónico da Vidigueira
Coro “Galp” de Santo André
Coro de Reguengos de Monsaraz

Solista: João Sebastião

Orquestra Regional do Baixo Alentejo
Camerata Ensemble da Guarda

Direcção: Maestro José Filipe Guerreiro

Música: Padre António Cartageno

Com Alto Patrocínio de Sua Ex.a
Senhor Presidente da República
Aníbal Cavaco Silva


Trata-se de uma adoração a Santo Agostinho, também conhecido como “o cantor da sede de Deus”.
A peça é para solista, coro e orquestra e foi composto pelo Padre António Cartageno.
O meu coro não pude participar nesta cantata, embora tivesse sido convidado. Inicialmente as datas coincidiam com a nossa ida à Madeira, facto que vou descrever mais tarde. Neste momento estão apenas, e para já, agendados dois concertos, em Castro Verde no Sábado e em Beja, no Domingo. Participamos com três elementos do meu coro onde eu me incluo, e com muito gosto. Gostaria de publicar aqui o texto da cantata, mas é muito longo, escrevo apenas alguns excertos:

Porque nos criastes para Vós?
E o nosso coração vive inquieto,
enquanto não repousa em Vós

Quem é Deus?
Perguntei à terra:
Quem é Deus?
E a terra respondeu:
Eu não sou o Deus que procuras.
Perguntei ao vento e ao mar
Aos abismos e seres vivos:
Quem é Deus?
E todos responderam:
Nós não somos o Deus que procuras,
somos apenas suas criaturas!

Feliz o que Vos ama
feliz o que ama o amor em Vós
e o inimigo por amor de Vós

Chamastes, clamastes
e rompestes a minha surdez
Brilhastes, brilhastes
E dissipastes a minha cegueira

Saboreei-vos
e tenho fome e sede de Vós
Tocastes-me
e agora desejo ardentemente a vossa paz.

Bem, para ouvir na totalidade este bonito texto litúrgico, cantado, basta visitarem um dos concertos!

Agora a nota de abertura, escrito no folheto que acompanha o concerto:

O Canto é uma manifestação de alegria e, se considerarmos melhor, um sinal de amor. Cantei com a voz, cantei com o coração, cantei com a boca, cantei com a vida. O maior louvor do cântico é o próprio cantor.

Santo Agostinho


A comemoração dos 1650 anos do nascimento de Santo Agostinho, ocorrida em 2004, mereceu da diocese de Leiria-Fátima que o tem por padroeiro, um conjunto de actividades assinaláveis. Nesse âmbito foi convidado o Padre António Cartageno a criar uma composição coral sinfónica, para maior dignificação das comemorações. Daí nasceu a Cantata a Santo Agostinho, o cantor da sede de Deus. A obra foi nessa altura apresentada ao público daquela região, num ciclo de concertos de muito bom nível, durante o qual os críticos da especialidade elogiaram largamente o trabalho do compositor e os seus méritos artísticos, assim melhor revelados nesta sua segunda obra coral sinfónica.

A diocese de Beja, a que pertence o Padre Cartageno, não ficou indiferente a este trabalho musical, pelo que um grupo de amigos desde logo manifestara vontade de promover a respectiva apresentação pública da obra, nas nossas terras do Sul de Portugal. Congregadas as vontades, os contributos e os apoios indispensáveis, só foi necessário acrescentar a generosidade de vários coros polifónicos da nossa região, a disponibilidade dos membros da nossa orquestra do Baixo Alentejo, particularmente a boa vontade do seu maestro, bem como a do tenor solista- o único que repete.

O trabalho agora apresentado nesta reposição da Cantata, numa versão que se pretendeu mais conforme com o original, corresponde a um esforço conjunto, desde o compositor, maestro e executantes, até outros colaboradores quer das várias instituições organizadoras e apoiantes, quer em nome individual. A todos, incluindo o pintor António Paizana, autor da gravura da capa, o nosso muito obrigado.

A comissão organizadora


Peço desculpa pela extensão deste post, mas estes espectáculos em meu ver são de uma grande beleza e importância, vale a pena ver e ouvir!
Porque – cantar é rezar duas vezes....