Voz

Dia mundial da voz. É comemorado hoje, mais em estilo de prevenção de doenças. É também um pouco o meu dia, já que tenho a mania de saber cantar, tento cantar bem, alguns até acham que canto alguma coisa de jeito.
Uma das partes mais importantes do corpo humano, a laringe, por vezes e muito mal tratada. Sujeito à agressões várias, é quase um milagre que consegue funcionar quase sempre bem. Consegue superar alterações climáticas, jogos de futebol (aos gritos) e fumo intenso de tabaco. Mas claro, tudo tem limites. Pessoas que trabalham numa loja de peixe, por exemplo, são muito sujeitos de ter cancro da laringe. São obrigados de entrar e sair varias vezes ao dia da câmara frigorífica. Os benfiquistas hoje certamente estão roucos, de tanto apoiarem a sua equipa. Mas isso passa. Como qualquer músculo, ele regenera. Com ajuda de uma pastilha própria vai ainda melhor.
A maior e mais perigosa agressão à voz é o cigarro. Já há muito tempo não falava deste bafo, deste mau cheiro desnecessário, desta coisa branca que incomoda e ainda por cima custa dinheiro! Até hoje ainda não consegui perceber o porquê de alguém fumar, e com as acções de esclarecimento sobre os malefícios sobre o tabaco que há, quem começa ou recomeça a fumar só há uma palavra: grande parvo! Ou parva, já que são cada vez mais mulheres a fumar, basta visitar um café. Pronto, já me estou a alongar, só que nunca é demais falar sobre este tema.
Regressando à voz. Quem canta e fuma, é a pessoa com mais risco de apanhar cancro de laringe. Jornalistas também fazem parte deste leque. Sujeitos muitas vezes a grande stress, nos intervalos, vai um cigarro. Esse músculo, quando irritado por falarem demais, gritarem ou cantarem prolongadamente, apanhando fumo, fica mais sensível e não tem força de rejeição. Basta uma infecção mal curada e o fumo contínuo, e já está. Cancro! Depois não vale a pena chorar, como se não soubesse. Já é tarde, e a voz já era. Ficam depois com um buraco na garganta a falar através de um microfone. Que me desculpem, mas não consigo sentir a mínima pena deles!