segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Amigos

Diz-se no Alentejo, que os amigos são para as ocasiões, e é mesmo. Não tinha ainda percebido bem o sentido deste provérbio até agora. Porque não é no mau sentido. Nestas alturas é que se vê quem são os verdadeiros amigos, aqueles que te apoiam e quando necessário, te criticam construtivamente. Passei os últimos dias a conversar com muitos amigos meus sobre a minha actual situação, e este fim-de-semana foi por isso mesmo bom. Entre outros, um é divorciado e já namora com outra, um tem um casamento bastante estável, um é casado mas não se dão lá muito bem, até assisti a uma discussão entre eles e um até é viúvo. Falei com eles sobre a minha vida e sobre a vida deles. Claro, hoje em dia não há vidas fáceis, nem mesmo quando se dá bem com a companheira, o que tem de haver é diálogo. E mesmo quando já não existe amor, desde que haja amizade e entendimento já é muito bom. Também estive, claro, com a minha filha. Fomos comer peixe do rio, ela engoliu uma espinha e teve muita dificuldade em livrar-se dela, claro que a mãe dela descarregou as culpas prontamente em mim. Mas já não me irrito com o que ela diz ou deixa de dizer, já me livrei disto, mas o trauma vivido durante anos é difícil de passar. Os meus amigos também me disseram, que mulheres há muitas. Mas como estou apaixonado por uma, mais vale seguir o meu sonho e continuar a tentar conquistá-la. O quê é que seria a vida sem sonhos?