quinta-feira, 14 de julho de 2005

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Do fundo do coração, obrigado pelas vossas palavras. Eu gostava muito de seguir o vosso concelho, mas tenho a certeza que até eu não resolver a minha vida privada, leia-se, até não me separar da minha mulher, poucas ou nenhumas hipóteses tenho eu em conquistar a minha apaixonada. Se a conhecessem, davam-me razão. Não é uma mulher como se encontra em qualquer esquina, ou como dizem os brasileiros, não é uma qualquer, e naturalmente, para mim ela é muito especial. Por isso, tentar falar com ela neste momento talvez não seja boa ideia. Por outro lado, ninguém espera tanto tempo por alguém, por mais se possa gostar. Talvez ela já se tenha virado para outro caminho, não sei. Além disso, eu separar-me também tem custos muito elevados para mim, perder a casa e a filha, por exemplo. Naturalmente a minha mulher fazia-me a vida num inferno. Desequilibrada como é, mas não aparenta, ainda fazia alguma estupidez, como ela ameaçou, quando eu tentei deixá-la no dia dos meus anos. Mas continuar assim, também não consigo. É que as coisas estão más já há muitos anos, não é só deste conheci aquela maravilha de mulher por quem me apaixonei loucamente e perdidamente. Mas hoje não quero muito pensar nisso, porque hoje a minha filha faz anos, já conta com treze primaveras. Claro que eu gostava muito de ser um pai melhor para ela do que sou actualmente, só espero que ela me entenda mais tarde....