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Hoje, fim da tarde, 18.00 horas! Estou com pressa, tenho que sair logo às 6 para tratar de inúmeros assuntos! Estou a acabar uma TV, com o dono dela ao meu lado, e o telemóvel toca! Ainda habituado e traumatizado com hábitos passados em que tinha que atender essa coisa logo sob pena de ouvir um “onde é que estavas???”, lá atendi a chamada, segurando uma peça dentro da TV (desligada!!!) com uma mão para não saltar para o outro lado da (caótica) oficina, pegando com a outra mão no telemóvel. Claro que a pessoa do outro lado pagou as favas, mas já lhe pedi mil desculpas ….

Lá “tentei” sair desse meu stressante trabalho quando aparece outro cliente! Chateado, pergunta sobre os porquês de não ter ido à sua casa ontem de manhã! Eu, tentando manter a postura, afirmei que me esquecera! Pronto, vou lá agora assim que me despachar! Ainda passei pelo café do costume, tentando comer uma tigela com sopa que estava, como sempre, quente demais. Penso que posso comer nesse lugar mais 1000 sopas, avisando sempre que ela está demasiadamente quente, mas certamente continuará a uma temperatura de 180ºC….

De novo na rua, deparei com um casalinho que estava à espera frente de uma passadeira para peões. Pois, estarão à espera de quê, e avancei. Zzzzaaassshhh, lá entendi porquê. Por pouco, um apressado, dinâmico e futurista automobilista me passava a ferro, para um pouco mais à frente levar o caixote de quatro rodas quase ao colo por cima da passadeira elevada no Largo São João. Se calhar, tinham que existir passadeiras dessas em todo o lado….

Corri as papelarias todas, à procura de algo que já sabia que não havia (pastas de partituras para o meu coro, é natal – é natal…), depois uma curta passagem pela biblioteca para entregar livros da minha filhota que ela afirmava que o prazo passava apenas 1 dia, mas a simpática funcionária desse espaço afirmava que são 4, à saída olhando em diagonal e lembrando-me que não fui de novo à Casa da Cultura para perguntar dentro do horário de expediente o horário definitivo do workshop “escrita criativa” em que gostaria de participar (mesmo sendo alemão…) e – finalmente, após ter ido buscar a TV do tal cliente, sem, claro, ter que responder a mil perguntas sobre a provável avaria, estou sentado, a descansar e a escrever estas linhas………