sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Milho

Lembro-me muito bem dos acontecimentos de há 20 anos na Alemanha, muito perto da minha última morada, em Wackersdorf. Nessa altura protestavam, e com razão, contra a construção de uma fábrica que fazia um reaproveitamento do lixo nuclear vindas das centrais nucleares. Foram milhares e milhares de pessoas, e conseguiram o que queriam. A fábrica nunca fora construída, mas deixaram um rasto de destruição para trás. Houve lixo por todo o lado, e a imagem que mais me ficou na mente foi um desses ditos ambientalistas aparecer com um velho Volkswagen Carocha a deitar mais fumo do escape do que uma chaminé de qualquer fábrica na China.

Algo parecido aconteceu em Silves! Não foi contra a energia nuclear em geral, é que, pelo menos até ver, este actual governo não vai permitir a instalação de uma central dessas em Portugal, e ainda bem! Perto dessa terra algarvia ca. de 100 (em meu ver) pseudo activistas de associações de protecção ao ambiente vandalizaram uma plantação de um hectare de milho geneticamente transformado. Sendo essa plantação o único meio de sobrevivência de um agricultor da região, esse afirmou que tem agora a sua vida arruinada, a sua e a da sua família!

É certo que organismos geneticamente modificados são assunto de muita polémica, mas não era preciso ir tão longe e estragar a vida a uma pessoa. Não há seguro que cubra estragos desses, nem ninguém lhe vai replantar esse milho, já que o tempo dessa plantação já terminou faz tempo. Mas esses tipos, se são tão contra esse assunto, porquê é que muitos deles andam a fumar (enquanto estavam a estragar a plantação, suponho...) ou andam de telemóvel? Ou seja, controverso é apenas o que eles acham que é, os outros que se lixem!

Pessoalmente também me considero um ambientalista, preocupo-me bastante com questões ambientais. Mas esse assunto está longe de ser esclarecido, é que hoje em dia está reconhecido que o mundo, com a enorme população que tem, não consegue alimentar essa gente toda sem alimentos modificados dessa maneira. E muito menos actos desses servem para apoiar opiniões contra essas modificações!

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