Soneto leve
Na hora mais serena penso em ti!
Na brisa amena, sinto-me leve;
Suave é o beijo do Bem-Te-Vi,
Visto este sonho que me embebe...
Remansos de mim, poesia se atreve
Vítima de nós, e eu vítima de ti;
Passos de letras, ainda que breve,
Correm de lentos, esmorecem aqui!
Neste poema, intemporal quimera
Leio e releio, qual infinita era...
Talvez te encontre naquilo que li;
Talvez te sinta, sinuoso poema...
Sigo o caminho de minha pena...
E a cantar, digo: Não te perdi!
(Cecília Rodrigues)
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