Nora

Tinha razão! Os cânticos me levantaram a moral, e de que maneira! Foi um concerto unanimemente considerado de muito bom, um dos melhores em que já participámos! Não conhecia esse sítio, o assim chamado Lugar da Nora, que fica mesmo por de trás dessa mesma Nora (que por acaso não está lá muito bem conservada....), dentro das muralhas de Serpa. Outra hora um cinema ao ar livre, tem agora um pequeno palco com mesas e cadeiras do tipo esplanada.

Como já tinha dito aqui, dou cada vez mais valor ao canto alentejano. Primeiro entrou em palco o coral que nos convidou, o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa que cantaram muito bem, depois foi a nossa vez. Bem, já há muitos anos o coro não cantava ao ar livre, mas esse sítio consegue ter uma boa acústica, com a muralha como cenário. Claro, o público foi algo inquieto, na rua se ouviam vozes, talvez fosse por isso que cantámos muito bem, melhor do que no nosso último concerto no Pax Julia. Talvez ficássemos assim mais unidos, não sei.

No fim, pois no fim, foi a tal peça cuja letra já aqui tinha publicado, o “Lírio Roxo”. Só tenho uma única palavra para classificar esse momento: fenomenal! O público adorou, aplaudiu de pé, e claro, tivemos que repetir! Armando Torres, o autor da adaptação dessa canção alentejana para coro polifónico, disse após do público querer mais: essa é filha única. Realmente, foi uma experiência muito enriquecedor, tanto para o nosso coro como para o de Serpa. Foi simplesmente fantástico! Pode ser que a moda pegue e se vá fazer mais concertos desses, quem sabe....