terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Centro Comercial - Achega - Alemanha

Na nossa cidade de Beja está-se a gerar uma polémica, pelo menos é assim designada pela comunicação social, nomeadamente pela RTP. No programa “Portugal em Directo” dessa estação pública de televisão falou-se hoje do planeado centro comercial às portas de Beja, do lado para quem vem das Neves, ou Serpa. Falou o vereador Miguel Ramalho, claro, a defender a ideia e o projecto. A voz contra veio de António Saleiro, ex- governador civil de Beja do governo de Guterres e actualmente presidente da Associação Comercial de Beja. O primeiro realçou a importância desse projecto, principalmente porque vai criar muitos novos postos de trabalho. O segundo criticou precisamente esse facto, é que vai fazer que muitos comerciantes actuais vão ter que dispensar os seus empregados. Agora, acreditar em quem? A única polémica existente, para mim, é o que diz o famoso PDM. Tanto quanto sei, essa zona onde está planeado esse novo centro comercial estava prevista para uma nova zona industrial, já que a actual está saturada, não que ela esteja toda ocupada, mas porque todos os terrenos foram vendidos a baixos custos e os actuais proprietários não têm intenção nenhuma em construir nesses terrenos. Mudam-se as vontades, muda-se o PDM....

O Presidente da República quer resultados. No seu discurso do Ano Novo referiu que os portugueses necessitam desses resultados, é que não chega que o governo apenas os mande apertar o cinto, sem que se veja alguma melhoria no seu nível de vida. Bem, e para variar, a oposição aplaudiu e interpretou as palavras do PR como um recado ao governo. Naturalmente o PS, partido que suporta o governo, não vê esse discurso como uma achega à governação, mas sim, como mera preocupação que o presidente tem com Portugal. Pessoalmente tenho outra opinião. Para a direita ficou durante o primeiro ano de presidência de Cavaco Silva a ideia que ele se virou para os lados da esquerda. Logo, o PR tinha que tecer algumas críticas para satisfazer Gregos e Troianos, e toda a gente apanhou o isco. Coisas de política, portanto. Mas, se bem me lembro, já se passou precisamente o mesmo há um ano, há dois, há três....

Se pensam que na Europa só há politiquices no nosso país, estão redondamente enganados! Em outros países qualquer deslize, qualquer frase polémica de um responsável é logo aproveitado do lado oposto. Falo de um caso na Alemanha, sim, na Alemanha, onde um desempregado é a última estrela dessas desavenças. Ora, o governador de Rheinland-Pfalz, de nome Kurt Beck, terá dito a um desempregado durante uma visita a um mercado nessa zona que se ele tivesse um aspecto mais civilizado teria mais hipótese em arranjar emprego. Claro que a oposição aproveitou essas palavras para o criticar. Politiquices, mais uma vez, talvez porque Kurt Beck ocupa um lugar que há alguns anos já pertencia a Helmut Kohl, não sei. O certo é que esse senhor, esse desempregado, aparece agora com um ar mais “limpo”, de barba feita e de cabelo cortado, em vários jornais da Alemanha, criticando esse governador. Mas a polémica ainda não acabou!
Para ler mais, cliquar aqui.

4 Comments:

At 03 janeiro, 2007 00:37, Blogger Unknown said...

não sei o que está a acontecer mas está difícil comentar aqui!
vamos a ver se é desta...

 
At 03 janeiro, 2007 00:40, Blogger Zig said...

trequita:
Comentaste sim, mas no post anterior....(lol)

 
At 03 janeiro, 2007 00:41, Blogger Unknown said...

Como eu costumo dizer a máquina nunca se engana! eu comentei no post errado! deve ser da viagem... estou cansada...
a zona antiga da cidade tem que ser mais dinamizada com outro tipo de estabelecimentos... os pequenos comerciantes têm que reagir e mudar, inovar...

 
At 03 janeiro, 2007 00:47, Blogger Zig said...

trequita:
Acontece! Desde que não fazes como eu, é que uma vez ao chegar da Alemanha de carro, não me deitei, fui visitar os meus amigos todos, desde dessa altura tenho sempre um ligeiro zumbido nos ouvidos....

Já há anos que digo: carros fora da zona histórica. Só quando se conseguir mudar essa mentalidade, de ter que levar a carroça mesmo à porta, a nossa cidade vai ser digna de ser visitada!

 

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