quarta-feira, 12 de julho de 2006

Sinais de Guerra!

Há sinais preocupantes de guerra por esse mundo fora. Depois desse período de futebol, parece que o mundo está a acordar para essa realidade, um pouco por toda a parte fervem esses sementes de destruição.

Israel. Sempre houve agressões parte a parte. É um rastilho sempre aceso. Basta acontecer algo mais grave, e já está. O início deu-se há algumas semanas no rapto de um soldado israelita. O exercito aproveitou logo esse facto para fazer ingressões no território palestiniano, chegando até capturar membros do governo da palestina democraticamente eleito. Agora a crise prolongou-se ao norte de Israel. Mais dois soldados israelitas foram capturados, desta vez pelo Hezbollah, um grupo de milícias que domina o sul do Líbano. O governo de Israel classifica essa acção como acto de guerra e responsabiliza o governo libanês.
Este conflito já se arrasta há décadas. Não se pode culpar exclusivamente Israel, como muitas vezes as pessoas fazem, há mesmo países que têm na sua própria constituição a destruição do estado hebraico, como é o caso do Irão. A opinião pública tem muitas vezes a tendência de apoiar o mais fraco. Nesse caso, Israel é apoiado pelos EUA o que os torna fortes. Só que estão rodeados de países árabes, muitos deles hostis em relação a Israel.

Iraque. Embora o governo desse país diga o contrário, os sucessivos actos terroristas principalmente na capital Bagdade indicam que esse país está à beira de uma guerra civil. Sumitas de um lado, Xiitas do outro. Engane-se quem pense que este confronto étnico começou apenas com a invasão do Iraque pela coligação liderada dos EUA. Tal como o conflito que opõe Israel aos estados árabes, as divergências que opõem esses povos tem uma longa história. Os sumitas, encabeçadas por Saddam Hussein dominaram durante muito tempo esse país com mão de ferro. Após a libertação, os sumitas não se convencem e querem o poder de volta. Para complicar a situação, os maiores “beneficiados” dessa libertação, os xiitas, são apoiados pelo Irão, inimigo declarado dos EUA. Também neste caso não há bons nem maus, apenas a guerra é que é má!

Coreia do Norte. Aí sim, há um mau da fita, esse mesmo. Não se entende como um país relativamente pequeno e rodeado por quatro grandes potências se comporta dessa forma. Talvez mesmo por essa razão. Neste momento é mesmo o regime mais fechado do mundo, há poucos dados fiáveis sobre ele, sabe-se apenas que o povo vive na maior miséria possível. Mesmo assim, esse ditador não deixa de provocar os seus vizinhos. Além do programa nuclear e da sua mais que provável construção da bomba atómica, lançaram agora vários mísseis para o mar, mostrando ao mundo, e principalmente ao Japão, que tem armas de destruição maciça em seu puder. E mais. A Coreia do Norte ameaçou mesmo o Japão de o destruir caso esse se atreva de o atacar. Tal como as situações descritas antes, esse caso também já tem uma longa história. Começou com a separação das duas Coreias, e ainda não acabou, ao que tudo indica.

Esses três casos são os mais graves da actualidade. Há mais focos de instabilidade pelo mundo fora, como na Somália e no Congo. Nesse último há um reacender da violência, dessa vez por causa de eleições. Pouco habituados à democracia, nesse estado há muito independente mandam as etnias com os seus senhores de guerra. Há constantemente relatos de mortes nas forças da ONU. E é precisamente para lá onde daqui a 15 dias vai ser enviado um grupo de soldados portugueses....

2 Comments:

At 14 julho, 2006 14:18, Anonymous Anónimo said...

E se virmos bem, o que é que estes países têm todos em comum?
Quer se queira ou não admitir, as mãos dos EUA e da Rússia (ou Ex União Soviética, se preferir).
Não digo que os conflitos não fossem existir caso estas potências não tivessem posto o bedelho onde não são chamadas. A questão está em que o meteram e mal.
Acredito piamente que para todos os conflitos devem ser designados mediadores para que se chegue a um acordo de paz. Mas a única coisa que estas potências fizeram até agora foi espicaçar, apoiar uma das facções, dar-lhes armamento para as mãos e juntarem-se à festa!!!! Depois, quando os conflitos já não interessam aos seus propósitos, metem o rabo entre as pernas e dão à sola!
Para mim isso não é mediação é aderir à guerra por gosto e interesse pessoal. Como os combates não são à porta de casa (no caso dos EUA) não há problema...
Se estes países quiserem verdadeiramente ajudar não farão o que atrás referi. Se os problemas poderem ser resolvidos diplomaticamente não se deve aderir à violência.
Gabamo-nos de ser melhores e criticamos constantemente e se fôr necessário as guerras combatidas na época medieval e renascentista, mas ao menos, nesse tempo, ainda conhecíamos os nossos assassinos porque lhes víamos a cara. Hoje nem isso temos! Carrega-se num botão e uma bomba explode na outra parte do planeta. É triste quando já nem sequer nos podemos defender em condições...

 
At 14 julho, 2006 22:15, Blogger Zig said...

bete:
Obrigado pelo comentário!

A guerra fria acabou, ou talvez não. A Rússia ainda quer ter alguma influência. E os EUA não deixam, claro.

Mas cada conflito é um caso, não se pode simplificar dessa maneira. Muitos conflitos nasceram com o fim dessa mesma URSS, caso da Tchetchenia, Bósnia e outros onde agora não há ajuda desse antigo regime. Cada caso é um caso.

Os EUA têm um grande problema. São uma democracia, pelo bem ou pelo mal, a opinião pública manda muito. E claro, se tivessem outro presidente, a coisa seria diferente, mas nunca se sabe.

Resumindo e concluindo: O melhor seria se não houvesse guerras nenhumas, mas lá estou eu outra vez a sonhar como digo no topo do meu blog...

 

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