Quantas vezes mais?

Quantas vezes mais vamos ter que ouvir essa notícia, que está planeada a instalação de um aeroporto civil em Beja. Na ocasião da apresentação do plano de aeroportos um ministro reafirmou pela n’ésima vez essa intenção. Falaram, claro, mais sobre esse projecto megalómano que é o novo aeroporto na Ota, a entrar em funcionamento em – 2017! Pois é, 2017! Muita água vai correr por baixo das pontes até lá. E mais, o “antigo” aeroporto da Portela ainda vai ter que ser reforçado, para conter o constante aumento de passageiros. Cá para os meus botões, o da Portela vai ter que ficar para muito além dessa data, já que está previsto o desvio de alguns serviços aéreos para o aeroporto militar de Figo Maduro. Não entendo essa mania dos sucessivos governos de terem que anunciar projectos para cada vez mais tarde! Falou também do aeroporto de Faro, esse sim, necessita de cada vez melhores condições para a aviação. Aparentemente de passagem também foi frisado o “nosso” aeroportizinho de Beja. Do tipo: Ah pois, esse, temos de dizer alguma coisa sobre ele. Ai é, está previsto um aeroporto civil para lá? Então vamos reafirmar isso para eles se calarem....
Pois é, o aeroporto existe mesmo! Tem duas pistas, e para quem não sabe, a maior delas tem ca. de 4,5 km! Há dias um militar disse que não haverá problemas de convivência entre a parte militar e a civil. Claro que não há, conheço bem a base, estiva lá 4 (maravilhosos) anos. O tempo dirá, só que falam, falam, e ninguém faz nada. É que de obras, ainda não há nada....

Já agora, e por falar em aviões, o governo prepara-se para vender 14 dos 40 F-16 que estão ao serviço da FAP. Ouviram bem, vão vender aviões em segunda mão. Já estou a imaginar (lol), um “stand” de aviões usados e até já vejo um papel agarrado a um dos aviões: Ocasião! Barato e com poucas horas de voo! Revisões feitas na marca, garantia de um ano, pagamento em 84 meses.... Só visto. Então, esses aviões que tanto custaram ao país agora vendem-nas? Já não fazem falta? Tanto quanto sei, os aviões foram adquiridos no âmbito da NATO, só se não foram todos os 40, e esses 14 pertencem mesmo ao estado português. Ou então aconteceu uma coisa que pode acontecer a qualquer um, o estado ficou sem emprego e agora já não consegue pagar as prestações....