quinta-feira, 29 de junho de 2006

Experiência

Há experiências que não se esquecem tão cedo. Hoje aconteceu-me uma dessas. Há uns dias uma amiga alemã me perguntou se posso levar um cão até ao aeroporto de Faro. Pois, sou daqueles que não consegue dizer que não, e aceitei, claro!
Um cão de raça Galgo encheu os olhos de uns alemães perto de Frankfurt, e queriam adoptá-lo. Já não é a primeira vez que um cão nosso vai para esse país, para encontrar um novo lar. Como já tinha dito aqui várias vezes, a tal veterinária alemã de Odexeixe frequentemente fica com uma das cadelas que nos levamos para lá para serem esterilizadas. Também foi assim neste caso, não por intervenção dessa alemã veterinária, mas por outra da mesma nacionalidade que vive em Cabeça Gorda. Por iniciativa dela, estão previstos nada mais e nada menos do que oito cães do “canil” ir até a Suécia. Só que estes cães têm que ser “exportáveis”, ou seja, não podem ter doenças. Isso dificilmente acontece num “canil”, estão lá muitos cães uns em cima dos outros, e lá é muito fácil uma doença ser transmitida. Por isso, têm de ser tratados e vacinados. Mas dessa acção vou falar mais tarde.
Voltando à minha ida a Faro. Pois, peguei no nosso Dog-Express, o pequeno Opel Corsa da associação, carreguei com a box de transporte mais o cão, e meti-me ao caminho. Cheguei a Faro à hora combinada, estacionei em frente do aeroporto na parte das partidas, tirei o cão, atei-o ao carro, dei-lhe água, ele correu de um lado ao outro, fez as suas necessidades em cima de tudo e mais alguma coisa e as pessoas a passar.....enfim. Stress. É que a caixa era tão grande que não saia da mala do carro. Tive que a desmontar dentro do carro e montá-la cá fora. Pois, ao meter o cão novamente dentro da box ele quase que me fugia. Tinha sido engraçado, depois dessa viagem toda! Todo transpirado, entrei no aeroporto.
Numa viagem de avião um cão tem que ir acompanhado por uma pessoa. Uma outra alemã, que não conhecia de lado nenhum, prontificou-se a acompanhar o animal. O transporte já fora previamente pedido, foi só ir ao balcão da companhia aérea, pagar 25€, a pessoa fez o “check-in” dela, mais do cão, a próxima paragem foi no sítio de entrega de bagagem grande. Como qualquer bagagem, tem que ser radiografada, mas sem cão. Pronto, cão fora, caixa para cima do tapete, caixa sai, cão de novo para dentro. Mais uma curta conversa de agradecimento e boa viagem com a dita alemã: Nochmals vielen Dank und guten Flug, e lá foi ele, o Galgo. Espero que a viagem correu bem.
Cheguei cansado de novo a Beja, mas feliz. Ajudei a tirar mais um animal do “canil”, e como conheço os alemães, certamente esse Galgo vai ter um bom novo lar. Foi uma experiência interessante e gratificante.

2 Comments:

At 29 junho, 2006 09:06, Blogger Unknown said...

Isto sim é serviço público!!!

Todos lhe deviamos estar agradecidos!!!

Abraço!

 
At 29 junho, 2006 12:45, Blogger Zig said...

o restaurador:
Obrigado amigo!

 

Enviar um comentário

<< Home