sábado, 22 de abril de 2006

Lei da Paridade

Texto posto em simultâneo aqui e na Taberna dos Inconformados.

Por vezes os fósseis ainda mexem. Conhecida como a Maria de Ninguém na Contra-informação da RTP 1, a ex-ministra da (des)igualdade fez das suas: A lei da paridade.
Ou seja, na Assembleia da República, Parlamento Europeu e Autarquias, nas listas de eleições deve constar no mínimo um terço das pessoas do sexo feminino. Ora, a oposição está contra, até o PCP vota contra. A frente de todos, Odete Santos, aquela mulher frontal pela qual sinto uma enorme simpatia, mesmo não sendo da cor política dela, como é natural.
Para começar, paridade quer dizer igualdade, e não um terço, logo o nome escolhido para esta lei está errado!
Depois cada qual sabe de si, se gosta de política, ou não. Se é uma democracia, logo a decisão cabe a cada um. Agora imagina-se, num âmbito de elegíveis existe em 100 pessoas só dez mulheres. Muitas vezes elas nem querem ir à eleições, agora estão obrigadas.
Entenda-se esta preocupação do PS. Procuram simpatias no eleitorado feminino, já estão a preparar terreno para as próximas eleições daqui a quase três anos. Pelos vistos, a Maria de Belém não tem mais nada a fazer!
Quem me conhece sabe, que sou de certeza um dos homens que mais está a favor da emancipação da mulher na sociedade. Para mim, a mulher é um ser igual, tirando claro, as evidentes diferenças físicas. O mundo latino ainda é bastante machista, não é possível esconder este facto. Mas a mulher também tem culpa no cartório, deixa que isto aconteça.
Voltando à lei. Quem está num parlamento devia de estar lá por mérito, e não por obrigação. Argumenta o PS, em países como a Noruega esta lei passou sem problemas. Claro, mas nestes países há muitos mais mulheres na política do que em Portugal. Parece que os países nórdicos continuam de estar na moda, como há semanas a Finlândia com o choque tecnológico e o Simplex. O que virá dos dois países restantes, da Dinamarca e da Suécia? Se forem boas, muito bem. Como a energia alternativa, que na Dinamarca tem a mais alta percentagem na Europa ou a boa Segurança Social da Suécia? A ver vamos.

4 Comments:

At 22 abril, 2006 09:23, Blogger RCataluna said...

Também não morro de amores por esta lei. Acho que seria mais importante se os partidos se procurassem regenerar, colocando nas listas pessoas com mérito e não por "outros motivos". Desse modo, as mulheres apareceriam na vida política de modo natural e de maneira a aproveitar todo o seu potencial.

Abraço!

 
At 22 abril, 2006 23:06, Blogger Zig said...

rcataluna:
A política em Portugal está desacreditada, com leis destas ainda vai piorar!

 
At 27 abril, 2006 01:14, Anonymous Anónimo said...

AS mulheres não precisam que os homens "estendam o tapete". Temos vontade e capacidade para, por mérito, participar na vida política do País. O Sócrates devia era dar-nos condições para, termos tempo para exercer esse direito: creches,infantários, instituições de apoio a idosos, etc, isso sim seria bem-vindo! Só fazem leis para tapar os olhos aos eleitores...

 
At 27 abril, 2006 13:21, Blogger Zig said...

anónimo:
Apoiado!

 

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