O quê? Perguntam vocês. Perderam-se cães ou gatos? Caminhantes ou condutores de automóveis? Ainda estão longe de adivinhar. Trata-se de uma substância tão desnecessária como uma pulga, uma matéria tão a mais como um fardo de preocupações. Os proprietários desta dita substância não são de todo invejáveis, e muito poucos se sentem felizes com ela. Por vezes gastam fortunas para se verem livres dela, perdem horas e horas e não conseguem. Pelo contrário, em momentos menos conscientes readquirem-na de novo para começar tudo outra vez. Já sabem de quê estou a falar?
Pois – eu perdi! Gostaria de ter perdido mais, mas ainda vou a tempo. Acreditem que é um processo que começa logo na adolescência e termina – não sei se termina alguma vez, ou para alguns mais ou menos felizardos nem sequer começa!
Perdi alguma inflexibilidade e preguiça, ganhei autoconfiança e a admiração de alguns. Levei os últimos três meses a tratar deste assunto, gastei em média noventa minutos por dia, nada comparado aos benefícios que isso me trouxe! Já consigo olhar sem remorsos para um espelho e subo ao cimo de uma balança sem me assustar. Isso mesmo! Perdi gordura – quilos e logo doze. Sem necessidade de dietas ou coisas do género. Foi com natação e alguma contenção na alimentação que baixei de 96 aos 84 quilos actualmente. E se não fossem os gelados e sumos de laranja com gás talvez já só pesasse 80! Agora perguntam alguns: Mas o quê é que tenho eu a ver com isso? Escrevi este artigo por duas razões. Uma para mostrar que é relativamente fácil de emagrecer, basta começar, a segunda e, vocês desculpem, para mim a mais importante, é para obrigar me a mim mesmo a manter este peso ou baixá-lo ainda mais.
Antes de terminar só mais uma coisa. Quem achar esta substância perdida por favor não me a devolva, fique com ela se dela precisar ou deixa-a onde a encontrou. Obrigado.