terça-feira, 22 de julho de 2008

Uma boa medida e uma nova “never ending story”

Já a partir do dia 20 de Agosto de 2008, a inspecção periódica dos veículos terá que ser feita até ao dia do mês em que o automóvel é registado, ou seja, se um carro foi registado (data da matrícula) num dia 13 de Julho, é até essa data que esse automóvel se terá que apresentar nessa inspecção e não até ao fim desse mês. Isso porquê? Porque, e disso sou testemunho já que a minha oficina se situa logo ao lado de um centro desses, sempre quando chega o fim do mês é um movimento que só visto! São elas filas que chegam a ocupar muitas vezes as ruas circundantes, para não falar das “guerreias” que há por vezes entre os utentes desse centro na descoberta quem é que terá chegado primeiro. Também, assim o espero, vão acabar as dificuldades que os meus clientes têm em chegar até a minha oficina, porque muitas vezes esses utentes “esperantes” bloqueiam pura e simplesmente a rua que vai até ao meu estabelecimento e aos dos meus vizinhos!

Para além desse evitar de enchentes, os responsáveis justificam esta medida porque desta forma a inspecção propriamente dita pode ser efectuada com mais precisão, ou seja, os técnicos terão mais tempo para encontrar defeitos no veículo inspeccionado. Por um lado é positivo já que assim o proprietário fica a saber mais sobre o estado da sua “carroça”, por outro lado, claro, desta forma podem reprovar mais veículos. Mais uma medida positiva desta nova regulação (para além do desimpedimento da minha rua) é que se possa pedir esta inspecção até 3 meses antes dessa data limite, ou seja, no nosso caso de 13 de Julho, o “corpus delicti” pode já apresentar-se a partir de 13 de Abril.

Não queria falar aqui dos problemas da Quinta da Fonte em Loures, mas acho que aqui se está a formar um “caldinho” de difícil solução, uma nova “never ending story”. Eu sei que não é “bonito” falar mal de concidadãos principalmente quando pertencem a etnias minoritárias, mas tendo eu de ter que lidar muitas vezes com “representantes” desta etnia conheço perfeitamente a maneira de ser deles. O meu pai usava sempre uma expressão (não sobre pessoas desta etnia, já que na Alemanha eles andam na linha!): eles mentem assim que abrem a boca. Não têm culpa disso, está-lhes no sangue! Já nascem assim, vejo isso com as crianças no acampamento frente ao nosso canil, é assim, e pronto. Na minha oficina são mesmo os únicos que sistematicamente me tentam enganar, dizem que têm um aparelho para arranjar sem o ter, e em tempos até tive um prejuízo que ascendeu a quase mil €!

Mas, vivemos num assim chamado estado de direito, ou seja, todos têm os mesmos direitos mas também os mesmos deveres. Eles, aparentemente, conhecem muito bem os seus direitos, ou seja, o direito de ter uma casa (só para este caso, acho que vou “virar” cigano...), mas, muitas das 53 famílias moradoras neste bairro não têm as suas rendas em dia, ou seja, os deveres não são cumpridas. Além demais, são rendas quase anedóticas, tão baixas que chegam a ser ridículas, facilmente pagáveis com os rendimentos mínimos que costumam receber, isentos de impostos...

Claro, no caso da Quinta da Fonte, não conheço os pormenores, não conheço a verdade, não sei se são realmente atacados por outros moradores desse bairro e não sei quem é que assaltou as suas casas. Só sei, e conhecendo a maneira de ser deles já que quase diariamente sou visitado por alguém desta etnia que também quase sempre me tenta enganar (ainda hoje, um tipo muito mal encarado, perguntou pela sua TV, que, claro, nunca existiu nem eu nunca aceitaria para reparação...), este caso está muito, mas muito mal contado. E claro, a comunicação social já lá encontrou uma nova polémica, um novo foco de interesse, muito bem aproveitado por alguns desta etnia para contar a sua história da carrocinha...

4 Comments:

At 23 julho, 2008 01:02, Blogger H said...

Zig, quando fiz crónica sobre o tema, optei por apagar um parágrafo! Curiosamente num artigo de opinião de Mário Crespo, aquilo que me faltou coragem de assumir, vinha lá escrito! Era o relato de um cidadão, da etnia que falas, sobre o que lhe tinha sido furtado: o plasma, o dvd, a televisão dos filhos e a playstacion dos miudos! E a pergunta impõe-se: é para adquirir estes bens, que existe o rendimento mínimo?

 
At 23 julho, 2008 02:28, Blogger Zig said...

H:

É por isso que o rendimento mínimo em Portugal é considerado um dos menos eficazes a nível europeu, porque dá a todos esse rendimento desde que declaram um salário baixo, e a TODOS dessa etnia, eles nem necessitam de desclarar os seus rendimentos. Sei disso de um que posso considerar uma pessoa sensata, também cigano, um dos poucos que aceito trabalhos e nunca tive problemas com ele.

Provas? (palavras dele) Desde que o meu filho vai à escola, recebo esse dinheiro...e depois entrou sorrindo no seu Mercedes...(já não o tem...)

 
At 23 julho, 2008 13:12, Blogger Pipas said...

Os temas da habitação social e rendimento mínimo dá-me voltas ao estômago: são matérias em que se nota que existem portugueses de primeira e de segunda.
Vejamos: uns têm um rendimento mínimo, casa quase à borla e quando, seja por que motivo for, não estão satisfeitos, vêm para a TV dizer que não aceitam mudar de sítio e, outros, não aceitam o sítio onde estão!!!...e (haja lata)exigem 2ª opção de casa (à borla). Faltará perguntar onde querem a casa de praia? ...Os outros portugueses, trabalham o mês todo para conseguirem pagar a prestação da casa, pagam impostos e, praticamente ficam sem tempo para se queixarem do que quer que seja.
Sem cair em generalizações, pois haverá gente que aproveitou bem o rendimento mínimo, conseguindo dar uma volta à sua vida. Contudo, haverá que continuar o rumo e, logo que possível sem este tipo de protecção. Os portugueses que algum dia puderam deixar de receber este rendimento mínimo deveriam estar agradecidos por isso. Terá sido um sinal que conseguiram dar uma volta positiva à sua vida. Infelizmente, o protótipo do que usufrui deste rendimento é que nada faz (oficialmente), vão tendo uns biscates quando muito bem entendem, as esposas deslocam-se diariamente à confeitaria para os pequenos almoços e lanches, normalmente acompanhadas com a criançada toda, e costumam ter algum peso a mais. Mesmo gente com falta de estudos, conseguem usar a sua inteligência para conseguir todos os subsídios a que terão direito. Em suma: seria tão melhor que o povo português canalizasse a sua "esperteza" para coisas que verdadeiramente importam. Enquanto nos andarmos a enganar uns aos outros, seremos sempre pequeninos.

 
At 23 julho, 2008 18:39, Blogger Zig said...

pipas:

Esta do rendimento mínimo é muito mais complexo do que a gente pensa. Em tempos uma bandeira eleitoral do partido do actual governo, foi "apenas" imposto por directivas comunitárias, apenas a maneira de aplicação e os valores distribuidas são da responsabilidade de cada país.

Um familiar meu, em tempos pediu esse rendimento para ela, estava desempregada e vivia com os pais dela. Foi-lhe recusada porque a soma da miserável pensão dos pais era superior do "permitido".

Por outro lado, em muitos lugares do nosso país nem a fiscalização já funciona. Sei de casos em que uma criança é registada em 3 (!) lugares para receberem o subsídio desses 3 lugares. Ninguém fiscaliza porque têm medo. Basta perguntares o nome a uma dessas crianças, foram instruidas pelos pais para não revelarem a ninguém o seu verdadeiro nome. Aliás, muitas vezes nem as próprias crianças o sabem!

Mas não! Não é bonito falar mal de certa gente! É incorrecto denunciar estes casos, já que, coitados! Vivem mal, andam sempre sujos e ranhosos! Porquê? Para poderem mostrar a toda a gente que andam mal, para continuarem a receber os subsídios.

Já falei demais, já chega!

 

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