Pensamentos sobre o fim-de-semana passado

Foi curioso verificar que no futebol 3 das principais equipas do sul jogaram com 3 das principais equipas do norte. Mais curioso ainda foi ter que verificar que, por mais, ou melhor as equipas do norte jogassem, não venceriam os seus adversários do sul. Como alguém disse após o jogo na Alvalade, o FCP podia jogar a noite toda, mas a baliza lagarta ficava inviolada...

Verifiquei com algum espanto que a iniciativa da transmissão directa da ópera “Das Märchen” de Emmanuel Nunes encontrasse bastante críticas. Umas já esperava, já que esse estilo de ópera não é para toda a gente. Uma peça de música erudita pouco perceptível, feita para um público, digamos, muito entendido (...)! Outras críticas é que tenho alguma dificuldade em entender! Criticou-se a pouca afluência nas 14 salas de espectáculos em que essa ópera fora transmitida, comparando ao que essa peça custou! Bem, essa produção não foi feita para essa transmissão, foi uma ópera feita para o Teatro Nacional de São Carlos. Aproveitou-se “apenas” a estreia (tardia) dessa peça para a tal transmissão! Aprovo essa acção, não aprovo é a escolha da obra! “Das Märchen” foi repetido ontem e será ainda apresentado novamente amanhã. Portanto: Erzählt mir keine Märchen...

ASAE = Pide, isso mesmo! Um alto dirigente do PSD-Algarve comparou esse 4º poder português à antiga Pide. Para quem não sabe, ou para quem faltou às aulas em que essa matéria foi dada, a Pide era a polícia (pouco) secreta do assim chamado estado novo, dos tempos anteriores à revolução de 74. Até se chegou a comparar Sócrates com Salazar, imaginem só. Não iria tão longe, agora, se a ASAE tem a faca e o garfo na mão, lá isso têm. É o posso, quero e mando; a lei tem que ser cumprida! Sobre a comparação dessas duas personagens já tenho mais dúvidas, no entanto, qualquer chefe de estado que se preze tem que ter pessoas “atrás” de si para lhe cuidarem da imagem. É mais habitual em países latinos, é certo, porque uma Angela Merkel não tem lá grandes cuidados com a sua aparência na TV, enquanto o nosso PM se apresenta sempre “impecável”...