domingo, 19 de agosto de 2007

Groundforce - Exemplo

Groundforce! Uma nova palavra está na boca dos jornalistas! Nos últimos dias, essa palavra deve ter sido dito e escrito milhares de vezes. Não, não é um novo agrupamento militar, não é um novo código de guerra em que cowboy Bush quer resolver definitivamente o problema do Iraque! Trata-se tão simplesmente do pessoal de terra nos aeroportos portugueses, aqueles que tratam de quase tudo que é necessário fazer no chão para um bom funcionamento dos voos. Fala-se tanto deles por uma razão, pois, porque estão em greve.

Não quero falar aqui dessa greve, nem criticá-la. Como já tinha dito aqui inúmeras vezes, uma greve é um direito democrático, uma arma que os trabalhadores têm quando se sintam injustiçados. Mas essa greve se está a tornar ridícula, não pelo altura escolhida (do maior movimento do ano) mas sim pela “guerra” de palavras entre um representante do sindicato e de um dessa Groundforce! É sabido que nas greves existem sempre números diferentes das duas partes envolvidas, dos trabalhadores ou sindicatos, e do patronato.

Mas este caso quase dá para rir, se não fosse tão sério. São milhares de pessoas que servem de meio para cada um desses senhores em causa atingir os seus fins. Ontem então, no telejornal da RTP2, as diferenças entre um e outro davam mesmo para um filme humorístico. O que um dizia, era logo desmentido pelo outro, e vice-versa! E os milhares de passageiros dos aeroportos pelo meio, tipo bola ping-pong. Ridículo!

Um exemplo a seguir! Os administradores do hospital de Matosinhos desistiram da compra de carros para uso pessoal ao que têm direito, para comprarem equipamento médico para uso de todos. Fala-se de um valor que ascende aos 175 mil € (!) que era destinado para a renovação da sua frota. Para quem não sabe, um administrador público tem direito a uma viatura para uso pessoal, viatura essa que pode ser adquirido pelo mesmo após algum tempo e, claro, a preços bastante reduzidos.

É uma chapada de luva branca para o ministro da saúde, que não achou necessária a compra desse equipamento para esse hospital, além disso, pode ser que sirva de exemplo para outros administradores fazerem o mesmo. Mas temo que exemplos desses não encontrem muitos seguidores....

3 Comments:

At 19 agosto, 2007 16:25, Anonymous Anónimo said...

Caro Zig
Eu só conheço o groundzero!
Tadinhos dos que deixam de comprar os carros a que tem direito para oferecer aparelhos ao pobrezinhos!!!!
Zig, vieste do planeta Zog! Naturalmente que foi uma palmada de luva branca mas deixe estar que eles vão ganhar por outro lado. Pelo menos o tachinho já lá canta!
Um abraço
Ana Cris

 
At 19 agosto, 2007 20:09, Blogger Zig said...

Ana Cristina:
Long time, no seen. Tudo bem?

Já vivo no planeta terra! É claro que (muitos) administradores hospitalares já obtiveram o seu "tacho" de outra maneira, basta saber que sempre que a cor do governo muda, mudam normalmente também essas administrações, com chorudas indemnizações, “concursos” de admissão duvidosos, etc.

Mas não se pode meter todos no mesmo saco. Já o tinha dito aqui, conheço um administrador desses (não hospitalar) que não quis um carro novo porque o velho ainda estava em boas condições. Mesmo assim, este caso do norte é um bom exemplo.

Outra coisa. Vou nos próximos dias efectuar uma limpeza ao meu sidebar (barra lateral) do blog e vou ter que eliminar alguns links. Como o seu blog não é actualizado há muito tempo, vai ter que ser incinerado....

 
At 06 julho, 2008 14:00, Anonymous Anónimo said...

para que se possa perceber um bocadinho melhor a história da groundforce:
http://ctspdh.blogspot.com

 

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