Tenho 52 anos de idade, dos quais, 38 de lucidez para esta causa, a de tentar perceber como as mulheres funcionam em relação a essas relações, as de mulher para homem, e vice-versa. É uma convivência estranha que elas praticam, pelo menos 95% delas, a esmagadora maioria, portanto. Nesses 38 anos conheci inúmeras seres do sexo feminino e claro, apenas com pouco mais de duas mãos cheias me envolvi de maneiras que possa traçar um perfil fidedigno, e mais duas dúzias com as quais criei uma amizade profunda que me permite aperfeiçoar esta minha teoria sobre aquele ser maravilhoso sem a qual o homem (hétero) não consegue (sobre) viver!
Quase todo o ser humano tem a tendência em procurar companhia, tanto o homem, como a mulher. Nisso, todos procuram a amizade, o companheirismo e a felicidade, mas ali acabam as semelhanças entre os dois sexos. O homem é mais impetuoso nessa sua procura, a mulher é mais sensível e sensata nas suas escolhas. Isso tem uma razão história, aliás, física, porque o homem é normalmente mais forte, logo, reserva para si esse estatuto, o de ser forte, de não necessitar de mostrar sensibilidade. A mulher, pelo contrário, tem historicamente a necessidade em ser protegida dos perigos que a rodeiam, e claro, tem aquela árdua tarefa em dar a luz a novos seres humanos, tem a responsabilidade em manter a espécie. Mas, é óbvio que os tempos modernos baralharam toda esta história, a emancipação da mulher equilibrou esses papéis pré-definidos, e ainda bem.
Depois, é preciso fazer uma diferença entre a jovem e a mulher. Uma jovem ainda não tem muita experiência de vida, por mais experiência sexual que já possa ter, experiência de vida apenas se adquire com os anos. Nesses primeiros anos a mulher é como o homem, quer é experimentar essa vida, apenas se rege por valores de coração e de desejo. O que custa o mundo? perguntam elas! Custa muito, as más experiências fazem sofrer o coração, fazem como que ela seja mais calculosa, não caia na primeira conversa de um homem, por mais doce que seja. Além disso, é muito raro uma jovem ficar com o mesmo parceiro até à idade adulta, pelo menos, no nosso mundo. Além de mais, neste mesmo nosso mundo é necessário que a jovem tenha nas idades da puberdade pais, irmãos ou amigos que lhe dêem conselhos construtivos, que a guiem nessa fase crítica, para que não seja lançada desamparada para esta sociedade hostil, dos prazeres imediatos, das promessas fáceis e dos egoísmos frios!
Passada esta fase da juventude, já mais sábia, a mulher adquiriu aquilo que quero aqui frisar, que faz com que já as entendo, mas já lá vamos. Claro que nem todas agem desta forma, mas é a grande maioria, em meu ver.
Como já tinha dito, a mulher é mais sensível, mais pensadora, prefere o futuro ao imediato, ao contrário do homem. Aprendeu a ser assim, por força das circunstâncias, das experiências da vida, e tirou daí as suas conclusões. Pois ela, ao conhecer um homem, estuda-o, tenta saber mais sobre ele, inteira-se da sua vida, sem ele se aperceber disso, claro. Evita ao máximo apaixonar-se antes de ter a certeza que ele é o adequado para as suas pretensões. Obviamente que não falo de mulheres que procuram apenas divertir-se, que procuram apenas ter um caso fugaz. Falo da mulher séria, que tenta construir o seu futuro, que, passado este tempo de aproximamento ao seu alvo até começa a falar em amor, pois antes era apenas uma paixão, ou paixoneta. Ou seja, apenas depois de já estar com ele, de já o ter enrolado, ela se apaixona verdadeiramente, ela começa a amá-lo. Ela consegue ser assim, consegue esperar, consegue conter-se e libertar os seus sentimentos apenas na altura certa.
Resumindo, entendo as mulheres, pois pensam com a cabeça. Talvez até seja algo egoísta, mas é uma questão de sabedoria, ao contrário dos homens que pensam apenas com aquilo que (pensam) ter por entre as pernas!
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