Não sei a quantas ando!
Eu não sei a quantas ando
Já nem sei se é noite se é de dia
Sei que só de vez em quando
Eu encontro a minha simetria
Quando tudo bate certo
Nunca acerto e cá vou andando...
Só estou bem quando estás perto
E já não sei bem a quantas ando
Já fui ave de poleiro
Enfeitava e cantava também
Encantava o mundo inteiro
E depois?... Diz-me o que é que isso tem!...
Bati asas. Fui à Lua
Fui em bando, fui de contrabando
Descansei na tua rua
E já não sei bem a quantas ando
Fui papoila na seara
A melhor prenda de minha mãe
Essa espécie de ave rara
E depois?... Diz-me o que é que isso tem!...
Eu já não sou tão prendado
Só às vezes, lá de vez em quando...
É quando sou teu amado
E já não sei bem a quantas ando
Eu só estou bem
De vez em quando...
Que é que isso tem?
A quantas ando?
(João Monge)
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Etiquetas: Intimidades, Poesia
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