terça-feira, 18 de novembro de 2008

Porque perguntar não devia de ofender...(onde é que já li esta frase?)

Com a crescente crítica ao actual modelo de avaliação ao desempenho dos professores devia questionar-se aos defensores desta aberração governamental sobre os porquês de Portugal ter neste momento o mais exigente modelo deste tipo em toda a Europa! Sim, leram bem! Nem os tão “certinhos” alemães e muito menos os esquisitos ingleses têm um modelo que se aproxima sequer ao português! Sendo a educação uma matéria que quase exclusivamente diz respeito a cada um dos países europeus, e, por isso, não havendo qualquer directiva da EU a exigir um modelo mais “apertado”, por que carga de água o actual governo português defende tanto este “burrocrático” modelo?? Será apenas e só uma questão de teimosia??

Qual é a razão de, toda e qualquer obra ou iniciativa da Câmara Municipal de Beja feita nestas alturas a poucos meses das eleições autárquicas, ser classificada de eleitoralismo se qualquer outra câmara deste país e principalmente o governo central fazerem precisamente a mesmíssima coisa? Se isso é eleitoralismo, então, as ditas forças da oposição aos actuais detentores do poder estão a fazer neste momento o quê? Eleitoralismo! Pois é...

Pronto! Agora, para não pensarem que hoje deixo aqui apenas críticas, cliquem aqui e “limpem” a janela!

8 Comments:

At 18 novembro, 2008 22:05, Blogger Van Dog said...

Já limpei! E olha que realmente até está a parecer que estamos na Primavera...

 
At 19 novembro, 2008 00:25, Blogger Zig said...

van dog:

Ai a primavera! Essa sim, é a minha estação preferida ;)

 
At 19 novembro, 2008 00:25, Blogger H said...

@zig - tenho de responder. Desde logo pela frase que dá titulo ao post, como, porque me assumo como o único não socialista que defende a Ministra.
Admito que o processo de avaliação é confuso e caótico. Mas... não acho que essa seja a questão! A questão é a existência de quotas para a avaliação. Aliás.. se a Ministra tivesse instinto político, tinha em Março convidado o Sindicato a fazer a grelha da avaliação...

Sobre o segundo ponto: que obra fez a CMB?

 
At 19 novembro, 2008 00:34, Blogger Zig said...

h:

Como deves entender, não entendo muito desta questão! Mas, partindo do princípio que quase toda a gente da classe docente (quase...) a critica, algo deve estar mesmo errado. A questão que ponho neste meu texto, para mim, é mesmo a pior porque parece que Portugal quer ser melhor que a Europa toda. Mas em questões de educação tem que apreender muito de uma Alemanha, por exemplo, onde tive experiências de ensino que apenas agora estão a ser implantadas por cá!

Na questão da CMB falo dos campos sintéticos, das pracetas e caminhos pedestres à volta da "mata dos alemães", por exemplo. Já houve quem me dissesse, se não fosse ano de eleições nada fariam. Depois, o grandioso programa do Pax, muita gente diz que é só para povo ver! Pode até ser verdade, mas se é um excelente programa, lá isso é! Só é preciso agora esse mesmo bom povo saber aproveitar essa programação!

 
At 19 novembro, 2008 01:04, Blogger H said...

@zig - a grande diferença é que na Alemanha sempre existiu avaliação a sério (não como a da Madeira onde se avaliam professores por Portaria do Governo e NINGUEM fala sobre o assunto!)Infelizmente em Portugal, falhamos na questão de avaliar o desempenho!

Sobre a questão da CMB, mais vale ser feito em ano de eleições que nada ser feito: quando fiz a pergunta, foi porque este mandato, contrariamente à prática recente, não existe UMA grande obra. Mas subscrevo algo, que nem sequer se relaciona com Beja especificamente: estranho povo, que não se governa nem deixa governar!

Sobre o Pax, aguardo que a programação seja tornada pública. COm expectativa!

 
At 19 novembro, 2008 09:57, Blogger Zig said...

h:

Na Alemanha é uma avaliação contínua desde já há muitas décadas, sem grandes mudanças de relevo como aconteceu por cá! Em Portugal querem agora ser mais papistas que o Papa, o que é impossível!

A CMB este ano não fez grandes obras, é certo. No entanto, teve que pagar obras de executivos anteriores, como por exemplo, a do Pax Julia. A restrição orçamental imposta pelo governo central também não ajuda.

Aliás, o tempo das "grandes obras" já terminaram no país e na Europa, apenas este nosso governo tem como bandeira eleitoral essas grandes obras megalómanas, sabe-se lá porquê. Pois - eleitoralismo!

A programação do Pax já começou, Novembro é o primeiro mês dessas comemorações. O Dezembro também promete!

 
At 19 novembro, 2008 10:48, Blogger H said...

@zig - Na minha ultima crónica no CAlentejo elogiei o Presidente pelo bm trabalho realizado no controlo das despesas!
Sobre as restrições existem, mas para todos! E quando há menos dinheiro é que se percebe quem governa melhor... e quem governa pior...

PS - Na Alemanha não vigora o principio que todos os docentes atingem o patamar máximo da carreira...

 
At 19 novembro, 2008 19:50, Blogger Zig said...

h:

Melhor ou pior, mas aqui se pode aplicar a velha máxima: sem ovos não há omeletas, não há política que resista.

Na Alemanha, cada estado (Baviera, Baixa Saxónia etc) tem a sua própria educação, por mais estranho que pareça. E ali, cada estado "cozinha" a sua própria sopa, portanto, não se pode falar de uma política educativa alemã. Mas deve ser um pouco como na tropa, ou seja, apenas alguns chegam ao topo, pelas mais variadas razões.

 

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