‘A Ministra da Educação é cega, surda e muda’
Não sou eu que o digo! Juro! Não iria tão longe! Quem o disse foi o “berloquista” Miguel Portas durante a sua curta estadia esta manhã em Beja. Juntou-se a uma manif de estudantes que percorrera as ruas da nossa urbe, e, aproveitando uma certa “junção” da comunicação social que, inicialmente estivera apenas presente para acompanhar um ministro, proferiu essas palavras polémicas! Aproveitamento político ou não, o certo é que ele se juntou ao “rol” da contestação (mais uma) a essa ministra que diz que é da educação!
Digo inicialmente porque logo pela manhã, alegadamente, ninguém sabia dessa manifestação estudantil, tirando, claro, os pais mais atentos, ou seja, aqueles que ainda dão ouvidos aos seus filhos! A minha filhota me disse apenas que hoje há greve para protestar contra o novo estatuto do aluno. Porquê? Perguntara eu! Porque um aluno, mesmo estando doente, conta como sendo um aluno faltoso que tem depois prestar provas suplementares! Ora bem, sendo assim, o protesto parece-me junto, respondera!
Pela manhã, um sms! Pai, estou na rua! A fazer o quê? A protestar, já somos muitos, já fomos buscar os alunos de outras escolas. Perguntei, como pai preocupado que sou e tendo algumas imagens televisivas na mente, se essa manif é autorizada! Está, foi pedida pelos alunos do Liceu e concedida pelo governo civil! Pronto, já estou mais descansado...
Pois bem. Li agora a notícia da Rádio Pax sobre o assunto e lá diz algo um pouco diferente! Diz aquele que autorizara (penso eu de que...) essa manif que a mesma fora um “autêntico carnaval” e que “os alunos não cumpriram as regras, num país onde há regras que têm que ser cumpridas”. Ó caro amigo, vai fazer cumprir essas regras como? À bastonada? Não creio! Não conheço nenhum elemento da PSP local que bate em crianças, nem a força de intervenção rápida vai nisso! Autorizou uma manif silenciosa! Sim senhor! Mas acha mesmo que centenas de estudantes jovens iriam desfilar pelas ruas bejenses calados?
Bem, a única coisa que o senhor tem que fazer, sendo representante autorizado do governo deste país, é escrever, telefonar ou mandar um mail para os seus superiores em Lisboa a dizer que em Beja há contestação ao novo estatuto do aluno. Obrigado!
Actualização:
Pronto! Ok! Tinham razão! Foi mesmo necessário separar os perigosos alunos dos menos perigosos de uma maneira um pouco estranha. Houve ordens para meter os prevaricadores desta manif num lado e os restantes noutro, só que, para o primeiro, ninguém foi! Logo, essa separação caiu literalmente por terra! E porquê essa ordem? Pois, houve uns arremessos para dentro da porta do Governo Civil de Beja! Os objectos não foram os tão citados ovos (sim, porque as mães dos alunos sempre preferem vê-los no prato!) mas sim, uns muito perigosos laranjas! Nem mais! Um delito tão grave desses merece averiguações! Certo, também houve alhos e bugalhos à mistura, mas isso não justifica uma acção dessas que classifico simplesmente de ridículo!!
Uma ajuda às autoridades: Participaram nesta manif todas as escolas secundárias, tirando a Mário Beirão (sabe-se lá porquê...) e os que arremessaram as laranjas não faziam parte dos organizadores e foram rapazes. Os “miúdos” que por lá foram avistados não foram para lá mandados pelos seus professores, só que, ansiosos por quererem participar também, foram aconselhados pelos docentes em se manterem juntos à organização.
E “prontos”, ajudei, ou não ajudei?
4 Comments:
Completamente de acordo contigo, especialmente nos dois últimos parágrafos.
Um abraço
celtiberix:
Foram palavras no mínimo infelizes!
Agora que li a actualização não posso passar sem comentar...
Há já algum tempo, quando ainda era estudante do secundário, também eu me manifestei contra uma prova de acesso ao ensino superior, a chamada PGA, na altura a ministra era outra :)
A manifestação percorreu as ruas de Beja e aconteceram alguns incidentes, como por exemplo o arremesso de laranjas às janelas do Governo Civil, entre outros...
Só não percebo agora o porquê de tanta escandaleira por parte de senhores que, muito provavelmente, também lá estavam há alguns anos atrás!
Sei que são formas inadequadas de fazer um protesto, no entanto esperar que os alunos se comportem como cordeirinhos é impossível!
trequita:
Não digas isso, senão, ainda te "caçam" ao fim desses anos todos :)
bjs
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