Valentão
Para um “musicólogo” como eu é muito raro ir ver uma peça de teatro! Gostaria de ter ido esta noite até Castro-Verde para ver a Orquestra Sinfónica Juvenil que faz mais o meu gosto, mas, num tempo desses (o mesmo que fez cancelar a nossa Campanha de Adopção, ainda não superei este desfecho...) não apetece conduzir para longe. Por isso, escolhi visitar a peça de teatro que estava hoje agendada no nosso Pax Julia. A companhia em cena viajara de Évora e dá pelo nome CENDREV, uma companhia de teatro residente no Teatro Garcia de Resende dessa cidade norte alentejana.
Apresentaram a peça O Valentão do Mundo Ocidental (The Playboy of the Western World) do irlandês J. M. Synge, uma comédia sobre uma história passada no início do século passado no país de origem desse dramaturgo. Como entendo pouco de teatro, achei o início da peça algo fraco, para mais, tratava-se de uma comédia. Mas com o desenrolar da história, as coisas começavam a “aquecer” e as gargalhadas também apareceram. O pouco público gostou, eu também. Foi diferente, para mais, o cenário me lembrava dos tempos da minha juventude quando passava férias na Baviera. As tascas da altura tinham mais ou menos esse aspecto...
18 Comments:
Ora, ora...tb estive lá! e achei divertida, deu para passar um bom bocado e esquecer a chuva por um bocadinho!
moi chéri:
É por isso que digo que sou mais "música", e, nesse caso, tu és mais "bicho do palco".
Curiosamente, quando dei por mim já passava das 11 da noite, por isso, não terá sido assim tão mau :)
o que não faz do valentão um grande espectáculo. aliás até há muitas críticas a fazer... mas como penso que o objectivo da coisa era fazer a gente desligar da vida (húmida) lá de fora e conseguiu, olha! pelo menos não aborreceu!
moi chéri:
Certo. O que escrevi aqui não quer dizer que não gostei. Só que, quando leio no cartaz a palavra comédia penso em algo tipo Revista. Se calhar, tenho pouca experiência nessa arte!
MudasTea o logo?
Comédia é aquilo: um texto mais ou menos divertido, mais ou menos bem explorado pelo encenador e actores. Neste caso penso que a exploração desse lado podia ter ido muito mais além. ;)
mudei a imagem porque isto vai com o estado de espírito!!! e hoje sinto-me ao contrário! lol
moi chéri:
Pois podiam!
Logo vi! És do meu signo! Boa gente, portanto :)
lol... pois é... diz que temos um quê de instabilidade... confirma-se! ;) mas muito boa gente!
moi chéri:
Bem, de fora a gente parece instável, mas por dentro seguimos o nosso rumo inabalável. Talvez isso também dependa do ascendente, o meu é Sagitário, o total oposto ;)
por aí não me safo... o ascendente é gemeos tb! tenho pedigree!!! ;)
moi chéri:
Ai minha nossa! Deves ter altos e baixos do tamanho da maior serra do mundo! Conheço duas pessoas assim (mulheres), falam pelos cotovelos, andam sempre a 100 a hora, não param, e, por vezes, são bastante inconformados ou até conflituosos! Não é nada fácil ser assim, não senhor!
confirma-se tudo zig. picos e abismos brutos (uma espécie de bipolaridade não diagnosticada), falo que me desunho (sou cansativa), o andar a 100 à hora depende se estou de muletas ou não, lol....
incoformada, sim e às vezes com coias que não têm mesmo solução o que é uma total perda de tempo e energia. Conflituosa?! às vezes, mas só porque acho que tenho razão! ih ih!
moi chéri:
Tal qual a uma pessoa que conheço muito bem...
Despediu-se dum emprego bastante seguro por querer sempre ter razão!
lol...
já fiz o mesmo! vá, foi por uma questão de princípios, não foi simples casmurrice. Mas não saí sozinha, éramos 10. Não sei se sozinha teria tido a coragem... não me arrependi, mas fiquei desempregada muito tempo. até vir para Beja! eh! eh!
moi chéri:
Olha, são mesmo da mesma "espécie"! Também saiu por uma questão de princípios, ela e mais duas pessoas, mas, até hoje, ainda não arranjou mais nada...
eu andei durante quase três anos a secretariar, a fazer inquéritos por telefone, a dobrar roupa, dei aulas... não foi fácil, não. Acho que se perde um bocado o medo de fincar o pé (e aqui entra o bom senso), sofre-se e bem, mas se a convicção for forte não há arrependimentos, porque sabemos que voltando atrás se faria exactamente o mesmo! e olha, eu sinto-me com sorte, estou agora a viver a recompensa. Tb serviu para eu ter a certeza do que queria fazer na vida.
moi chéri:
Então já viveste bastante em termos profissionais o que não é normal com tão poucos anos de vida que tens (isto é um elogio, hehe!). Tanto quanto sei, fazes agora teatro, é a única profissão que tens? Penso que uma vez vi uma peça em que estavas a representar, mas não tenho a certeza, foi aquela peça falada em língua espanhola com uns cubanos...
A minha profissão só descobri quando estava a aprender electricista na Alemanha, esse gosto foi se aperfeiçoando e estou a gostar disso até hoje. Só não gosto é atender os clientes, mas isso são ossos do ofício!
1º: obrigada pelo elogio, ih! ih!
pois, sou actriz. também dou uns ateliers de teatro a miudos (quartel, no b. esperança e na escola sta. maria), mas tudo pelas Lendias. e é mesmo fazer teatro que me faz sentir bem, e poder faze-lo já é uma valente recompensa. O meu nome vinha no programa da Jangada (essa peça em espanhol), mas não cheguei a fazer.
os clientes são sempre chatos, seja em que profissão for!!! mas uma pessoa apaixonar-se pelo que faz, é meio caminho andado para se sentir bem, é uma sorte poder fazer o que quer. Penso que deixa de ser trabalho, para ser parte da vida. é o que sinto!
quando estrearmos, venho aqui fazer convite pessoal! ;)
moi chéri:
OK, está combinado :)
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