Cheias

Teve graça, sem ter graça absolutamente nenhuma! Ontem assisti a um excelente programa (mais um) na RTP1 que falava sobre as cheias de 1967, pois esse “Depois do Adeus” é designado para recordar tragédias que avassalaram o nosso país. Apareceram testemunhos com relatos emocionantes sobre este acontecimento que, ainda por cima, tiveram a pouca colaboração do regime de então que nem sequer se deu ao trabalho de contar as vítimas mortais! Depois se falou sobre a “mania” portuguesa em construir casas junto a linhas de água que, cheias após cheias, causam grandes estragos materiais, e não só!

Pois, hoje Portugal acordou com notícias a toda a hora sobre inundações na grande Lisboa, e mais tarde até em Setúbal! Centenas de automóveis submersos, inúmeras casas e lojas inundadas, mas pior, muito pior é a confirmação de uma vítima mortal e uma pessoa desaparecida que viajara no mesmo veículo! Com idades de 29 e 30 anos respectivamente, deixam 6 crianças órfãs de mãe…

Há directos televisivos um pouco de toda a parte! Fala-se, como sempre, na falta de limpeza das sarjetas, mas, e as pessoas que se desenganem, por mais sarjetas limpas que houver, as próprias enxurradas trazem bastante lixo consigo que entope toda e qualquer saída de água dessas! Daqui a pouco começa o telejornal, e a notícia dominante será certamente a chuva!