10 de Junho
Não ligo, tal como a grande maioria dos portugueses, muito a este feriado, O Dia de Portugal, Camões e das Comunidades (penso que seja essa a designação correcta, se estiver errado, que me corrigem, p.f.). Todos os anos a mesma coisa, discursos, condecorações, a única coisa que muda é o local e as caras....
Sei, sou um ingrato, é que, já participei uma vez mais ou menos activamente num dia desses. Foi há 5 anos, no pavilhão multiusos aqui em Beja, quando a comitiva toda se deslocou à capital do Baixo Alentejo. Todos os coros bejenses cantaram o hino nacional, e mais uma outra peça, a Canção Alentejana (Fui te ver, estavas lavando....). Foi engraçado....
Fica, no entanto, aqui um pequeno poema, uma espécie de conversa que Miguel Torga manteve há precisamente 20 anos em Macau:
Na Gruta de Camões
Tinhas de ser assim:
O primeiro
Encoberto
Da nação.
Tudo ser bruma em ti
E claridade.
O berço,
A vida,
O rastro
E a própria sepultura.
Presente
E ausente
Em cada conjuntura
Do teu destino.
Poeta universal
De Portugal
E homem clandestino.
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