25 de Abril
Origem da foto
Onde é que você esteve no 25 de Abril? Eu? Na Alemanha, claro! Tinha (quase) 14 anos, a idade que a minha filhota tem actualmente. Mas já nessa altura sabia o que se passava no mundo, sabia perfeitamente que existia uma guerra na Angola, ouvia-se diariamente falar nos noticiários alemães de MPLA e Unita.
33 anos após dessa data pergunta-se: ainda há razões para se comemorar? É apenas mais um feriado, é apenas mais um dia livre para os trabalhadores e estudantes gozarem?
Não sou revolucionário nem de extrema disso ou daquilo. Mas digo que esse dia se devia de comemorar sempre. Claro, para os mais jovens a democracia é um dado adquirido, pouco ou nada lhes interessa como foi antigamente. Já agora, e dirigindo-me para esses jovens: Sabiam que antes da revolução necessitavam uma licença de isqueiro? Sabiam que quando se juntavam mais de quatro pessoas numa praça pública, esse “agrupamento” era logo considerado uma manifestação? Sabiam que a pouca liberdade de expressão existente era só em algumas universidades?
Mais uma razão da continuidade dessas comemorações talvez se possa encontrar na recente “vitória” de Salazar nesse pseudo-concurso “Os grandes Portugueses” na RTP1. Para uns, essa vitória é sinal que a nossa democracia não vai bem, que os “lá de cima” podem, querem e mandam! Talvez, mas para mim foi apenas uma corrida aos telefones públicos da “extrema” esquerda e da extrema direita, para lá votarem em massa nos seus candidatos. Lembro, que nesse concurso só era considerado válido um voto por número de telefone, mas podia-se mudar de “opinião”, votando noutro candidato. Ora, os telefones públicos também têm número, e onde já alguém votou, o apoiante de uma “fracção” contrária só tinha que votar de novo no candidato dele. Logo, contabilizaram-se muitos votos, mas em relativamente poucos números de telefone. Coisas de televisão....
Resumindo e concluindo:
25 de Abril sempre!!
33 anos após dessa data pergunta-se: ainda há razões para se comemorar? É apenas mais um feriado, é apenas mais um dia livre para os trabalhadores e estudantes gozarem?
Não sou revolucionário nem de extrema disso ou daquilo. Mas digo que esse dia se devia de comemorar sempre. Claro, para os mais jovens a democracia é um dado adquirido, pouco ou nada lhes interessa como foi antigamente. Já agora, e dirigindo-me para esses jovens: Sabiam que antes da revolução necessitavam uma licença de isqueiro? Sabiam que quando se juntavam mais de quatro pessoas numa praça pública, esse “agrupamento” era logo considerado uma manifestação? Sabiam que a pouca liberdade de expressão existente era só em algumas universidades?
Mais uma razão da continuidade dessas comemorações talvez se possa encontrar na recente “vitória” de Salazar nesse pseudo-concurso “Os grandes Portugueses” na RTP1. Para uns, essa vitória é sinal que a nossa democracia não vai bem, que os “lá de cima” podem, querem e mandam! Talvez, mas para mim foi apenas uma corrida aos telefones públicos da “extrema” esquerda e da extrema direita, para lá votarem em massa nos seus candidatos. Lembro, que nesse concurso só era considerado válido um voto por número de telefone, mas podia-se mudar de “opinião”, votando noutro candidato. Ora, os telefones públicos também têm número, e onde já alguém votou, o apoiante de uma “fracção” contrária só tinha que votar de novo no candidato dele. Logo, contabilizaram-se muitos votos, mas em relativamente poucos números de telefone. Coisas de televisão....
Resumindo e concluindo:
25 de Abril sempre!!
5 Comments:
Também tinha 14 quando se deu o "Vinte Cinco".
E ainda nem tive oportunidade (hoje, porque ontem à noite andei "calaceando") para um "post" sobre a data. Mas estou de acordo que se deve comemorar. SEMPRE!
Abraço.
zig
um abraço de mertola
bilharcomefeito.blogspot.com
Celtiberix:
Curiosamente, o nosso funcionário no canil nasceu nesse mesmo dia. Deve ser por isso que ele é algo revolucionário!
Bilhar Mértola:
Adoro a zona de Mértola....
Na altura ainda nem estava a ser projectada, pelo q, como tu disseste, a democracia pra mim e para esta geração é certa e sabida, e mesmo assim berramos nós todos os dias por "mais liberdade" ja q achamos n a ter.Somos seres caprixosos realmente.
Pelos livros q estudei e pelos pais revolucionarios (q se encontravam todos os dias no piolho)q tive, sinto hoje o 25 de abril como pouca gente. e choro e rio ao mesmo tempo, sem saber porquê mas com uma vontade enorme de cantar liberdade e c o bichinho da revolução sempre a remoer ca dentro.
Como diz ze mario branco "ca dentro inquietação inquietação, é só inquietação inquietação.porquê n sei, mas sei q essa coisa é q é linda!"
25 de abril sempre, fascismo nunca mais.
Anónimo:
Nem mais!
Curiosamente cá como na Alemanha, após esse tempo ditatorial que ambos os países viveram, uma geração após o fim dessas ditaduras aparecem de novo os fachistas a quererem mexer com as mentalidades dos povos. É preciso estar atento!
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