segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Cantar....

Foi um fim-de-semana em cheio! Infelizmente só acontece uma vez por ano. Depois desse Sábado quase por inteiro preenchido pelos cânticos, que, confirmado por fontes vários, foram um estrondoso sucesso, continuou no Domingo com um concerto nosso em Ourique, na Igreja São Salvador. Uma Igreja moderna, funcional, uma espécie de centro paroquial. Bem, como os últimos meses estiveram quase por inteiro preenchidos com ensaios para o concerto de Sábado que passou, o coro teve que fazer um ensaio suplementar, não que nunca tivéssemos cantado as peças que apresentámos em Ourique, mas sim, para refrescar a memória e para apresentar um trabalho digno aos habitantes dessa terra alentejana.

Por isso, no fim da tarde de Domingo reunimos na nossa sala de ensaios na antiga escola alemã. Uma sala cedida pela FAP, Força Aérea Portuguesa, já há alguns anos. O nosso muito obrigado, nunca é demais agradecer esse facto, é que sem essa sala não havia coro! Voltando ao assunto. Depois do ensaio fomos com um autocarro da câmara de Ourique até essa igreja. Confesso, estava chateado, não andava bem! Coisas da vida, os leitores habituais desse blog bem sabem ao que me refiro. Mas, mal começámos a cantar, o meu mau estar desapareceu radicalmente. Influência de Deus? Não sei. Só sei que nem sequer queria ficar para o jantar oferecido pela CMO, mas depois desses cânticos fiquei completamente transformado!

Já tinha acontecido em Alvor no ano passado. Parece que nos damos bem em igrejas relativamente pequenas! Ao contrário do que aconteceu nessa terra algarvia, o público apareceu em número razoável, e sem nos gabar, cantámos muito bem! Até tivemos de repetir três (!) vezes, coisa rara em espectáculos desse tipo. Bem, talvez exagerei um pouco! No fim da nossa actuação o maestro perguntou após as longas palmas que normalmente querem dizer que a assistência quer ouvir mais uma peça, qual delas gostariam de ouvir novamente. Houve três pedidos, e nós, claro, cantámos os três!

O jantar foi num pequeno restaurante situado um pouco abaixo dessa igreja, que, por lapso, e mais uma vez, não apontei o nome desse local. Claro, com os nossos trinta e tal elementos preenchemos quase por completo esse restaurante. À essa hora avançada da noite não se devia de comer, mas uma vez não são vezes. Pois, no dia anterior foi a mesma coisa, portanto, duas vezes não são vezes. Continuei muito bem disposto, a influência divina permaneceu. Nem uma estranha afirmação de uma colega, que eu até tenho em alta consideração, me tirou dessa boa disposição! Após de eu ter contado uma anedota que algumas mentes poderiam considerar ofensiva, mas, assim pensava eu, num ambiente quase familiar que nós temos não ficaria mal, me mandou regressar às minhas origens, exemplificando as várias maneiras como lá voltar!

Pelos vistos, não se pode agradar a Gregos e Troianos, embora ficasse com dúvidas quem é quem! As afirmações dela tocaram-me bem no fundo, martelaram nos meus alicerces. A minha vida não anda bem, e não desejo esse estado de coisas a ninguém, só que, não sei porquê, há gente que se aproveita dessa minha baixa forma. Posso, no entendo, estar completamente enganado dessa minha opinião, e essas afirmações foram preferidas por outras razões! Agora, ir me embora daqui? Não, não senhor. Daqui só me vou se for para a vida eterna, mas isso, com a ajuda e graça de Deus, só vai acontecer daqui a muitas décadas....