quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Apoiado!

Hoje vou comentar um comentário. Para muitos, incluindo eu, existe um quarto poder em Portugal, o dos “opinionmakers”, os fazedores de opiniões. Não tenho nada contra eles, porque ninguém é obrigado a ouvi-los, mas representam a opinião do povo. Gosto de ouvir Nuno Rogeiro no Rádio Clube Português, Marcelo Rebelo de Sousa na RTP e também Miguel Sousa Tavares. Este último escreveu na sua rubrica habitual no jornal desportivo “A Bola” sobre o caso que envolve Carolina Salgado com Pinto da Costa. Sabe-se que ele é portista, condição essa que ele nunca escondeu, até pelo contrário. Claro, fala de uma forma bastante, digamos, crítica sobre esse livro. Mas não critica só a ex-companheira do dirigente portista. Ele diz, e fazendo comparação com a política, se ele fosse Pinto da Costa, demitia-se, para se poder averiguar todas as acusações feitas nesse livro com calma, e depois regressava. Opiniões são opiniões, mas esse tem uma grande diferença. Não é nenhum cargo público, embora eleito, mas é estritamente privado! E demitir-se seria dar razão à autora do livro, do tipo: onde há fumo há fogo! Por isso, faz ele muito bem em ficar e não ligar nenhuma a essas acusações. Por outro lado, ele diz, e também eu digo isso há tempos, que é tempo de saída para esse tipo de dirigentes. Seja quem for, o futebol merece outra forma de liderança, gente séria e menos manhosa.

Agora alguns excertos deste artigo:

“O que mais me custa neste sórdido episódio da Dona Carolina Salgado, é vê-la sentada a uma mesa a autografar livros como se tivesse escrito um livro. Não escreveu: para começar, aquilo não é um livro, é um pedaço de papel higiénico que, depois de usado, seguiu para uma tipografia e encontrou uma editora disposta a chafurdar na lixeira. Depois, e como é óbvio, a senhora não escreveu coisa nenhuma, nem tem competência para tal.....”

Delicioso!

“É uma excelente altura, aliás, para que ele e todos os Pintos, Loureiros, Veigas, Vieiras, Madail e todos os outros parem para reflectir e percebam que o seu tempo, o seu poder e o seu estilo já não cabem no mundo de hoje. Lá fora há todo um mundo de gente que anseia pelo dia em que o futebol volte a ser um território de luz, habitado por gente como aquela que gostamos de receber em nossa casa para jantar.”

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