Soneto de Inverno
Madrugada...muito tarde na vida!
os gélidos ventos da solidão,
arrastam os passos da dura lida,
e espalham as saudades pelo chão.
nas mãos morenas e nuas de esperanças,
luvas de lãs vermelhas aquecem,
o que alma e coração não esquecem:
dores d’amores ou velhas lembranças.
com face rubra de vergonha e frio,
envolta no gorro de abas viradas,
reflicto na água gelada do rio...
senhor Deus, escute meu triste apelo:
no inverno, lágrimas enclausuradas,
não tarde para mandar-me o degelo!
(Betha M. Costa)
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Etiquetas: Intimidades, Poesia
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